Um exemplo a seguir

Deixo aqui pequenos excertos de um livro que fala na relação entre uma família e o seu animal de estimação, nesse caso um cão chamado Marley, um Labrador Retriever. Mesmo perante as situações mais frustrantes ao longo dos anos, ao longo de uma vida, o amor por Marley ultrapassa todos os obstáculos. Era esse exemplo que toda a gente devia seguir. Talvez assim o número de animais que acabam nos canis à espera da hora de serem abatidos diminuísse. Mas vou passar aos excertos…deixo este assunto para um futuro post aqui no blog.

“… o nosso eterno cachorro tinha-se tornado um cidadão sénior.
O que não significava que o seu comportamento fosse melhor. Marley continuava a fazer os mesmos disparates de sempre, simplesmente, fazia-os a um ritmo mais lento. Continuava a roubar comida dos pratos das crianças. Continuava a abrir a tampa do lixo da cozinha com o nariz e a revolver o seu interior. Continuava a puxar pela trela. A engolir todo um conjunto e variedade de objectos domésticos. A beber água da banheira e a verter água da boca. E quando o céu escurecia e se ouvia o ribombar dos trovões, continuava a entrar em pânico e a tornar-se destrutivo se estivesse sozinho. Um dia chegámos a casa e demos com Marley a espumar pela boca e o colchão de Conor esvaziado e aberto até às molas.”

“ Ao longo dos anos, tínhamos aprendido a lidar com os estragos de modo magnânimo…”

“ Como qualquer relação, esta tinha os seus custos. Eram custos que acabamos por aceitar e contrabalançar com a alegria, protecção e companheirismo que ele nos proporcionava. Poderíamos ter comprado um pequeno iate com todo o dinheiro que gastamos com o nosso cão e nas coisas que ele destruía. Mas mais uma vez, quantos iates é que ficariam à nossa porta durante todo o dia até nós voltarmos? Quantos iates ansiariam pelo momento de nos saltar para o colo ou de descer a encosta a lamber-nos a cara num tobogã? Marley tinha conquistado o seu lugar na nossa família. Como um tio melindroso mas adorado. Era o que era. Nunca seria uma Lassie ou um Benji ou um Old Yeller; …Já não tínhamos ilusões a esse respeito. Aceitávamo-lo por aquilo que era e adorávamo-lo ainda mais por isso.”

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