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A mostrar mensagens de dezembro, 2009

Feliz Natal

E uma vez mais chegamos àquela altura do ano em que muitas palavras e gestos se repetem. À parte das coisas que já aborrecem por serem repetidas, há sempre algo novo e por vezes há diferenças que tornam quase tudo novo. Talvez seja a essas diferenças que devemos dar a nossa atenção para assim termos algum alento, termos as energias renovadas para mais um ciclo dentro daqueles que constituem as nossas vidas. Para a maioria das pessoas existe uma chama de euforia que desperta nesta altura do ano, euforia esta (que pode ser contagiosa...cuidado!) com a qual devemos ter certos cuidados porque, tal como as coisas que fazemos porque o nosso coração assim manda, corremos o risco de ter de repensar o passado quando este presente estiver ultrapassado, e é certo e sabido que, repensar o passado nem sempre resolve muita coisa, antes pelo contrário. Resta-me dizer a todos os que aqui passarem que, aquilo que desejo para mim e para vós, são uns dias de sossego, se possível na companhia da família

um NADA

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Hoje, e à semelhança dos últimos dias, sinto-me um NADA. Um nada para mim e um nada para os outros. Sinto o meu corpo a desvanecer no passar do tempo que é marcado pelas palpitações do coração que parece querer sentir mil e uma coisas ao mesmo tempo. Por ser demasiado, ele acaba por ficar congestionado deixando-me numa sofreguidão que surge como se o mundo fosse acabar daqui a uma hora e houvesse uma infinidade de coisas que ainda queria experimentar /fazer nesta vida. Sei que de nada serve estar constantemente a olhar para o lado menos bom de tudo, pois isso é provável que estrague o pouco [que pode ser muito] do bom que já se alcançou, mas os nossos pensamentos por vezes ganham autonomia e levam-nos até onde não queremos e é agonizante não ter controle sobre o próprio pensamento e consequentes acções. Acções essas que deixam marcas como se fossem um carimbo sobre um selo. O selo continua a estar lá, conseguimos ler o seu texto e ver a sua imagem, mas está marcado para sempre e por

Um sabor diferente

Hoje, as linhas de água que chegam aos meu lábios têm um sabor diferente, não sabem a salgado nem sabem a doce, têm um sabor que vem de outros sentimentos. Sentimentos que talvez desconhecesse, ou pelo menos pensava que desconhecia porque nunca fizeram parte de mim, mas são sentimentos que me deixam fraco e vulnerável, sentimentos que me ocupam os pensamentos e fazem deles seus escravos, criando raízes em cada espaço vazio num emaranhado que só o tempo poderá ajudar e desfazer. Arrepios e arritmias surgem através do som que faz expelir aquilo que sinto abrindo estreitas aberturas do meu coração que ainda não foram entupidas pelas palavras que nunca ganham vida, que se mantêm a bolhar como se estivessem envolvidas num manto de lava no interior de um vulcão que ferve e se corroí em cada centímetro. As palavras deixa-me a ferver, no entanto é como se estivesse submerso em águas geladas e pesadas das quais, por mais que tente, não consigo emergir. Como consequência ou não, a noite transfo