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A mostrar mensagens de setembro, 2012

Tempestade

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Dentro de mim existe uma tempestade de sentimentos que tenho dificuldades em cataloga-los por serem tão contraditórios quando comparados uns com os outros. Uma revolução que me deixa desnorteado e sem saber o que pensar porque a agitação é de tal forma grande que a calma necessária para articular qualquer pensamento é escassa. Preferia obviamente estar a viver uma espécie de euforia no sentido positivo daquilo que podemos considerar uma euforia, mas infelizmente não é esse tipo de intempérie que percorre quem eu sou nesses últimos tempos. Quero sentir alegria, felicidade, esperança (quem não queria nos tempos que correm?!), mas é difícil encontrar os motivos que justifiquem esses estados de espírito a longo prazo ou de forma duradoura. Ao invés disso sinto uma dormência de vontades que se transforma numa espécie de raiva que por sua vez se transforma numa espécie de inutilidade, incapacidade de reagir, de lutar e reivindicar qualquer coisa que nem eu próprio percebo bem o quê porq

Nadar

Tento nadar neste mar revolto ao mesmo tempo que sinto o medo tomar conta de mim e impede-me de aventurar muito nas suas águas. É como se me escondesse atrás de uma rocha à espera que a tempestade passe e as ondas se desvaneçam suavemente como se adormecessem num manto de agua ou fizessem as pazes com as rochas da encosta.  Quero sair dessa espécie de bóia de salvação e aventurar-me nessas águas onde podem haver outras pessoas que também se tentam manter à superfície. Chego a pensar em cobardia, cobardia de enfrentar a tempestade, as ondas, a fúria do desconhecido, o receio das consequências. Entretanto tenho noção que a minha segurança pode significar a incapacidade de ajudar quem também se encontra nessas águas incertas, imprevisíveis e geladas. Há vento, há chuva e há medo, há incerteza e há o tempo que também não pára e não espera por ninguém e o som, o som é o assobio do vento e é como um sussurro que me diz ou pretende dizer que há que tomar decisões. Será esse vento verdadeiro,