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A mostrar mensagens de maio, 2007

Intenções

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Tão arrogante como uma mentira nua é uma palavra ou um gesto premeditado, manipulador e supostamente persuasivo que tem única e exclusivamente como objectivo completar as intenções de alguém, as suas vontades e desígnios. Como se dissessem "branco" para dizermos "preto", como se dissessem "um" para dizermos "dois", como se te dessem algo para depois pedir outra coisa em troca! O que há a fazer é tentar descobrir essas armadilhas que estão espalhadas ao longo do caminho e que muitas vezes estão bem escondidas. Há que conhecer bem o terreno para se saber onde se põe os pés para que depois não haja surpresas menos boas. Contudo ao longo do tempo vamos conhecendo as suas posições e inclusive por vezes arriscamos em "pisar" o risco só para ter a certeza de que aquilo que ali estava era exactamente aquilo que pensávamos. O que ganhamos com isso?! A desilusão de mais uma "armadilha"?! Mas não só, pois esta é atenuada com o ganho de u

Heroes

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A primeira temporada desta série ("Volume 1 - Genesis") chegou ao fim há pouco mais de uma semana, deixando em muitos a vontade e ansiedade de querer continuar a seguir as "aventuras" das personagens que lhe dão vida. Desde os primeiros minutos da série que somos confrontados com questões e afirmações que supostamente são colocadas pelas personagens da série em relação à sua existência e aos seus objectivos perante a sua existência . Quem conhece a série (que acredito que seja muita gente) sabe que aquelas pessoas, aparentemente normais, começam a descobrir que são detentoras de poderes especiais, "habilidades extraordinárias" e então começam a questionar-se acerca de si e do que os rodeia, no entanto nós mesmos também vamos enfrentando aquelas questões e ficamos a pensar nas suas possíveis respostas e afinal de contas não precisamos ter poderes extraordinários para isso e ainda podemos chegar à conclusão (como inclusive acontece na série) que não é precis

Firefly

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E porque nós podemos dar uso aos nossos sentimentos, aliás, é bem provável que estejamos sempre a fazer isso mesmo que o façamos involuntariamente, por vezes somos confrontados com momentos fugazes que são ricos em algo que pode surgir do "nada" e que podem estar repletos de tanta coisa que só através do uso dos nossos sentimentos podemos descodificar. Contudo a nossa imersão na abstração do que realmente é importante nem sempre nos deixa fazer traços perfeitos daquilo que está à nossa frente e é isso que é preciso não esquecer e tentar não deixar escapar o que está ali para nós e acho que agora posso dizer que não é preciso estar de noite para sabermos que os pirilampos existem e que podem estar mesmo ao nosso lado, sem terem que estar a gritar de tanto brilho. Esses momentos fugazes, que podem ser tão luminosos como o pirilampo numa noite escura em que as estrelas ficaram a dormir, podem querer dizer-nos tanta coisa quando são derramados num abraço, numa pancada ao de leve

Catherine Tate - Translator

Porque às vezes rir é o melhor remédio...lol

Pinball

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Este passeio estreito vai dar a algum lugar que não sei onde fica porque é longe e não pára. Está sempre numa corrida de passos à frente que só o olhar chega a ter uma ideia do que pode lá estar. Às vezes quando olhamos para os lados podemos ver que as paredes estão cobertas de vidros normais, transparentes, e de vidros que reflectem imagens e as acções dessas imagens que se projectam noutros vidros ou em quem lá passa. Isto deve ser porque muitas das coisas que fazemos, ainda que possam ser involuntárias ou feitas com intenções diferentes daquelas que o resultado final faz parecer, são reflectidas nessas pessoas que por sua vez também reflectem alguma coisa que vem ao nosso encontro. Quando isso acontece, esse ziguezague de reflexos ou projecções, parece que estamos perante uma mesa de "Pinball" em que as acções entram dentro daquela esfera brilhante que durante algum tempo desloca-se num ritmo frenético de um lado para o outro batendo em tudo o que é sítio, sendo redirecion

Vaivém

Hoje ficam aqui dois videos dos "The Perishers" em que cada música evoca sentimentos diferentes e de certa forma opostos pois enquanto numa há uma aproximação na outra é exactamente o contrário. E como a música pode preencher sempre algum canto que está vazio e à espera de ser preenchido por algo, certamente que valerá a pena ouvir....nem que seja para apenas passar tempo! The Perishers - Sway The Perishers - Trouble Sleeping

Confrontos

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E uma nuvem desceu e deixou-se ficar sobre o boneco de plasticina enquanto esse deambulava na liberdade fechada das suas direcções após um tiro saído do olhar afastado por uma rajada de vento que lhe deu nova rota como se o comandante tomasse controle do leme do navio e o movimentasse a toda a velocidade para estibordo. No entanto a tripulação daquele navio manteve-se calma e todos ficaram nas suas posições estáticas parecendo não sentirem todo o impacto da batalha camuflada que decorria no exterior do navio naquele momento. No entanto foi o boneco de plasticina que foi atingido com o impacto dessa batalha e mesmo tentando manter-se em pé e em movimento na sua deambulação, no seu interior reinava um enorme silêncio em que ele estava petrificado, estático e com um ar enigmático e incrédulo, de tal maneira que se podia juntar ao "Moais" e ficar ali com eles à espera de respostas e mais alguma força para sair ileso daquela batalha que o apanhara desprevenido, desarmado. Entretan

Manipulações

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Do baú que estava no canto daquele quarto rodeado de paredes e tecto, retirei uma enorme colcha feita de vários retalhos de fazenda de várias cores e feitios. O vento atirou-a para o ar onde ela esvoaçou levemente como um guardanapo e deixou-a desfalecer lentamente sobre o chão. Em cada pequeno centímetro encontravam-se traços de montagens, construções como se fossem um conjunto de peças 'Lego' onde ao longo dos dias, meses, anos se vai juntando peça por peça tentanto arranjar a combinação perfeita entre aquelas peças de modo a criar a forma ideal. No entanto há peças que permanecem dentro do balde no interior do baú porque ainda não encontraram o seu lugar certo ou porque estão à espera que o tempo lhes dê algum sinal para se juntarem àqueles pequenos mundos que podem ser criados, imaginados, vividos ou sonhados. Quem montou aquelas peças?! Talvez tenha sido o boneco de plasticina que dorme no báu e que está constantemente a mudar de forma conforme aquilo que o rodeia e que o

Alguém escreveu

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Aqui (ou mais abaixo) fica um texto de Gilberto Amado que fala sobre a vida. A vida que pode ser partes da minha, que pode ser partes da tua. Partes que são fragmentos e que quando se juntam fazem uma vida parecida ou diferente daquela que encontramos no texto. Mas acima de tudo será uma vida, algo colossal composto por inúmeras miniaturas que numa das suas vertentes podem ser momentos. Brisas e rajadas, calor e frio, rampas e degraus, monólogos e diálogos, presenças e ausências. Minha vida (um texto de Gilberto Amado) Vai minha vida nas asas do perigo. Minha vida profusa, diferente, Com o seu povo de surpresas Com os seus guias de sempre, O Imprevisto e o Extraordinário. Alegre mas arfante, sadia mas fantástica. Minha vida, que desenho curioso, Aberta ao arrepio da corrente, Em abruptas arestas de contrastes! Longe da estrada comum onde mora o Possível, E onde o Fácil brinca triunfante com o Normal. E sobretudo longe do vale da Paz! O Imprevisto, o Extraordinário, Esses filhos ricos d

Visitas

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Hoje ou ontem ou um dia desses recebi visitas mas não estava em casa. Não estava em casa, não abri a porta e não recebi as visitas que se calhar apareceram por lá. Não abri a porta e fiquei em casa sozinho à espera das visitas, a olhar o Tic-Tac do relógio e a ouvir os ponteiros a saltarem para cima e para baixo. Se as visitas foram lá ficaram sozinhas porque eu não me deixei em casa e a minha sombra também não quis ficar porque ela insiste em estar sempre comigo e para onde quer que eu vá ela também quer ir e então aquele espaço ficou desocupado e sem sinais de qualquer presença ou passagem de fragmentos. Certamente que o vazio disse que não estava ninguém e por causa disso devem ter ido dar uma volta e visitar quem lhes abrisse a porta e desse as boas vindas com algo novo. Mas já resolvi esse problema porque alguém que foi lá deixou uma caixa de lápis de cor e agora mesmo que não esteja lá, quem lá for irá poder sentar-se no banco que desenhei debaixo da árvore em frente ao mar e a s

Para onde vão

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Já cá não estão e por causa disso pergunto-me ou alguém pergunta; pois ultimamente escrever na primeira pessoa do singular dá direito a criticas, que infelizmente de construtivas não têm nada, como se elas tivessem voltado aos tempos em que o melhor era aprisionar as palavras para não sermos nós a ser presos; para onde terão ido?! As Palavras! Aquelas que sairam para ir dar uma volta e que não encontraram destino porque quando sairam não pensaram para onde iam, deixaram-se levar pela simples euforia da vontade de sair... Aquelas que sairam para ir a algum sítio mas que quando chegaram ao local onde queriam ir depararam-se com uma realidade que não era aquela que alimentava as suas motivações, não era ali que deviam estar e por se sentirem de tal forma desoladas desapareciam como uma nuvem de pó, que às vezes pode permanecer algum tempo no ar dependendo do baile de palavras, pois se a dança for mais agitada a núvem de pó desincorpora-se. Aquelas que estavam sem saber se ponham os pés no