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A mostrar mensagens de maio, 2011

Senhor Santo Cristo dos Milagres

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Sejam benvindos de volta à vossa terra! Sei que faz já algum tempo desde que cá estiveram pela última vez. Pelo vosso olhar quase que posso afirmar que já se aperceberam que muita coisa está diferente, muita coisa mudou desde que partiram. É verdade, já se passou tanto tempo. Esse agente que, juntamente com as pessoas, se encarrega das transformações. O relógio não pára. Essa é uma boa altura para visitarem as ruas da vossa pequena cidade. Ruas essas que este fim-de-semana estarão inundadas de pessoas, multidões provenientes de toda a ilha, de todo o arquipélago e de diversos locais espalhadas por esse vasto mundo que se estica e encolhe como um acordeão perante o nosso estado de espírito. É uma oportunidade única para testemunharem e viverem novamente actos de fé que assumem dimensões que só cada indivíduo pode tentar explicar. Nem sempre temos a capacidade de interpretar tamanhas forças e devoções. É bom ter-vos de volta. Há tanto para vos dizer e há mais ainda para vos perguntar.

Como me sinto agora

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Talvez, e à semelhança de muitas outras pessoas, tendo a recorrer a ti com mais afinco em situações que me ultrapassam ou que pelo menos assim parecem. E digo "talvez" porque lá no fundo não é preciso dizer nada, o sentir diz tudo. Sei que esse conjunto binário de "zeros" e "uns", transformados em letras, estarão armazenados num vasto mundo virtual e que não chegarão a ti ou que tu não chegarás a eles, mas em tempos de escassos recursos, é preciso acreditar que neste canal entre pensamento, nervos, músculos, dedos e teclas, existe uma voz e existe alguém à escuta. Não acredito sempre nisso, ninguém acredita sempre, mas até haver dúvida, há sempre Fé. Entretanto já não sinto o calor da fogueira a meus pés, as suas chamas estão praticamente extintas e tentam timidamente manter-se vivas e temo que em breve vaia restar apenas cinzas. Cinzas que o vento encarregar-se-á de espalhar por aqui e por acolá. Será o fim? Será o início? Não sei...só sei que será como

Pesadelos sonhados ou vividos

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Há dias que se transformam em noites e trazem consigo sonhos em forma de pesadelos, dos quais tentamos escapar. Tentamos escapar ao sufoco dos trágicos acontecimentos que ganham vida nos pesadelos. Esse escape seria obviamente acordar! Acordar e sentir o alívio imediato de saber que a realidade afinal não é a mesma daquele lugar ou instante que nos agoniza. Acordamos e podemos respirar fundo, inspiramos satisfação e reconfortamo-nos para adormecer novamente. Mas... e se a situação for outra?! Outra, em que não estamos a dormir e nem tão pouco a sonhar, mas mesmo assim estamos a enfrentar um pesadelo equivalente ou pior do que aqueles que nos fazer ansiar pela hora de acordar, nos fazem ansiar por sentir a leveza de saber que afinal está tudo bem e que o mal era somente algo fictício! Ainda estou a tentar descobrir e ao longo do dia anseio pela noite para poder cair no sono, cair no inconsciente e afastar-me da realidade que consegue ser bem assustadora do que os pesadelos sonhados e

Traços # 2 - Pegar, Largar

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Pegar, largar... não largar, simplesmente deixar cair, não deixar, atirar... atirar para longe, atirar para além do horizonte, atirar para o infinito, não atirar, não fazer nada...

Traços # 1

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Mundo Paralelo

Por vezes dou por mim e sinto-me como se eu, ou parte de mim, estivesse numa espécie de mundo paralelo no qual nunca chego a entrar plenamente. Somente sinto uma evasão que resulta como um olhar para trás, um olhar para o mundo do lado de cá, imaginando a minha ausência e sua insignificância. Sinto-me pequeno e sinto-me desligado. Entretanto sei que nesses momentos a transparência não é total, existem espectros de cor que me recordam que ainda há coisas que requerem a minha presença, nem que seja somente para cumprir funções predefinidas. Certos problemas, para os quais infelizmente não tenho solução, fazem surgir em mim um de sentimento fraqueza, de culpa, e de certa forma, de alguma cobardia também. Quando se trata de situações nas quais estamos envolvidos, mesmo que indirectamente, e quando as outras variáveis da equação estão directamente ligadas a nós, é impossível dissociar o pensamento da realidade. Estar no tal mundo paralelo não resulta sempre, pois por mais que custe, a real