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A mostrar mensagens de novembro, 2007

Uma noite à luz da vela

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Muitas vezes não conseguimos ultrapassar os problemas porque temos dificuldade em admitir que temos o problema nas nossas mãos. Outras vezes não encontramos o ponto de partida para a resolução desse problema e limitamos a esperar que o passar do tempo mude as coisas e que o problema desapareça, mas chega a um dia em que apenas serviu para o agravar. Encontrei algures um texto que fala acerca de um tema que não é novidade para todos nós, e quem sabe até o texto já seja conhecido, mas que por ser exactamente o que acontece muita vez, decidi deixá-lo aqui. Uma noite à luz da vela Encontrei uma pessoa que me confessou que a sua família, uma vez por semana, passa uma noite à luz da vela. Tudo começou num dia em que a electricidade faltou. Nessa noite não houve televisão, nem rádio, nem computador. Pais e filhos ficaram juntos em redor de uma vela acesa. O serão foi divertidíssimo, conversou-se, contaram-se histórias e o tempo passou serenamente. A experiência agradou e, a família, a partir

Prolongamento

Há dias em que determinadas músicas são capazes de expressar aquilo que sentimos e de certa forma sabe bem ouvir essas músicas! Provavelmente porque é como se estivesse alguém a ler-nos e a ver-nos e fosse capaz de nos dizer exactamente como nos estamos a sentir naquele hora, naquele dia. Talvez a música que deixo aqui não seja a música ideal para o dia de hoje, mas como o dia de hoje é o prolongamento do dia de ontem, deixo-a aqui. Não é uma música desconhecida para muita gente e também poder não ser uma música conhecida para muita gente e por isso é sempre bom ouvir ou "re-ouvir". Help, I have done it again I have been here many times before Hurt myself again today And, the worst part is there's no-one else to blame Be my friend Hold me, wrap me up Unfold me I am small and needy Warm me up And breathe me Ouch I have lost myself again Lost myself and I am nowhere else to be found, Yeah I think that I might break Lost myself again and I feel unsafe Be my friend Hold me, w

Tegan and Sara - Updated

Hoje, e sem muitas palavras, preencho este post com três videoclips de " Tegan and Sara" e isto porque às vezes o melhor remédio (para além de rir como se costuma dizer), é mesmo ouvir música e se não estamos com disposição para criar o nosso próprio videoclip para a música aproveita-se e vê-se o videoclip da própria música ou um adaptado . "Where does the good go" (porque não juntar "o útil ao agradável"?!...refiro-me à música e à serie) "Back in your Head " "Living Room" "The Con"

Dias Emprestados

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Estamos em Novembro, mas parece que o Outono pediu um dia emprestado à Primavera e acho que fez bem porque por vezes vem mesmo a calhar uma mudança, nem que seja do tempo! Uma mudança que muitas vezes tem origem no que está à nossa volta e que gira como se estivesse dentro de um carrossel e que acaba por nos levar dentro dos seus limites e só nos deixa sair quando pára novamente e nessa altura de certeza que alguma coisa já se alterou. Um dia emprestado de uma Primavera que podia ser aquela em que uns dos dias foram ocupados por passeios sem destino, sem horários e apenas com um ponto de partida que acabava por ser também a meta desse passeio que em nada se assemelhava a uma corrida. À excepção do dia que aquela Primavera pediu emprestado ao Inverno e que quase transformou o passeio numa corrida que afinal não fazia qualquer sentido porque a meta era o ponto de partida. E porque é que não se haveria de aproveitar para dar uns passos com a companhia da chuva?! Mas esses dias ou passeios

Vejo Um Rio

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Parece que estou sossegando [ou talvez esteja inquieto no desassossego do não saber] Starei talvez para morrer [mas não me parece] . Há um cansaço novo e brando [que mesmo assim me deixa de rastos na lassidão] De tudo quanto quis querer [mesmo sem saber o que queria querer] . [Mas haverá o dia que poderei dizer] Há uma surpresa de me achar Tão conformado com sentir. Súbito vejo um rio Entre arvoredo a luzir [e nele encontro o meu caminho na serenidade do sossego do silêncio do som da natureza que me rodeia]. Fernando Pessoa (17-03-1929) - texto a preto

Momentos de Tristeza e Solidão

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Por vezes basta a força de umas palavras, ditas ou escritas, para nos fazer abstrair do título deste "post" e percorrer os fios condutores entre o aqui e o ali, que transportam energia, não eléctrica, que ilumina um dia, uma noite...através do abrir de uma porta naquele quarto escuro onde estamos sós. A Tristeza Tem A Sua Hora Para Todos. Perdidos Na Multidão... De Repente... Sentimo-Nos Sós. Tremendamente Sós. Esmagados Por Uma Dor... Que, Por Vezes, Nem Nós Mesmos Compreendemos Totalmente. Reduzidos A Nada Com Um Peso Excessivo No Coração E Sem Brilho No Olhar... Sentimos A Necessidade De Uma Mão Amiga, Aberta, Estendida... Bondosa Que Nos Diga Que Não Estamos Sós. Precisamos Do Olhar De Ternura De Alguém A Quem Queremos Bem, E Queremos O Bem Alguém Que Nos Dá Esperança, Coragem E Confiança. Alguém Que Nos Dá Paz Interior, Bem-Estar E Serenidade. Sentimos A Falta De Alguém Que Nos Aqueça O Coração... E Faça, Connosco, Um Pedaço De Estrada... Que Partilhe Connosco Um Pedaço

"My Second Life" - Diaries of Molotov Alva

Podia ser algo real, ou talvez não tão real uma vez que se trata de uma fuga da realidade, mas é apenas uma história criada por Douglas Gayeton dividida por sete episódios de " Machinima ". Ao que parece só há disponível O nline esse primeiro episódio, ou parte deste. O conteúdo do vídeo é baseado no jogo (se é que se pode chamar jogo) " Second Life" que, para quem não sabe, é baseado num Mundo 3D digital, e onde já habitam milhões de pessoas que dessa forma criam o seu novo "EU" conforme lhes apetece. Há quem diga que o futuro da Internet passará por algo semelhante ao que já acontece em " Second Life" , onde as pessoas passarão a "existir" O nline de forma quase real. Segundo consta este trabalho já foi adquirido pela HBO e será exibido como um documentário e suponho que este se baseie na realidade virtual como uma alternativa ao mundo real ou se "alternativa" é uma palavra um pouco restritiva e demasiado centralizad

Music for a Nurse

Quando não aprendemos a dar valor às coisas, se é que a palavra "coisas" consiga expressar aquilo que está por detrás dela, quando elas ainda estão ao nosso alcance, quando elas ainda estão na nossa mão, mesmo que já só estejam penduradas no toque das pontas dos nossos dedos como se fossem teclas de um piano, corremos o risco de as deixar escapar e de encontrar o vazio que nos enche de sentimentos de tristeza, arrependimento, frustração, incapacidade. É um vazio que devia estar repleto de lições, mas que mesmo assim nem sempre são suficientemente elucidativas para nos ensinar o que tinhamos de aprender. Mas não vou ascrescentar mais nada porque neste momento não me apetece ser professor e não me apetece ser aluno daquilo que me quero ensinar. Hoje fica aqui a música "Music for a Nurse" dos Oceansize. And a piece of the pictures bitten right out of the middle I'm alone and thinner I feel Is this a prayer? Anaesthetise me just til you return I feel the loss like a

O meu Caderno

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Há coisas que nos são oferecidas e que nem sequer as pedimos ou temos oportunidade de as pedir da mesma forma que também não temos possibilidade de as recusar e isso porque talvez já estivessem pré-destinadas a pertencerem-nos. Exemplo disso é o caderno que tenho em minha posse e que me foi dado "vazio", "em branco", limpo e pronto para ser usado desde o momento em que me foi dado, estava pronto para seguir em frente como se pudesse levantar voo com as suas asas de papel. Não é um caderno de linhas, não é um caderno quadriculado, não é uma "sebenta" e também não é somente um caderno de "música". É uma mistura de todos esses tipos de cadernos, uma mistura que é resultado do registo do espaço de tempo entre um nascer do sol e um novo nascer do sol como se isso fosse o virar de uma página, de uma folha, mover o nosso marcador e a noite fosse simplesmente a sombra de uma folha quando ela se deita sobre o passado. Se numa folha "limpa e lisa"