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A mostrar mensagens de 2007

O que é agora isso?!

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This was not supposed to be last post of my blog for this year but as a lot of things that are not supposed to happen and somehow they just happen i think this could be one of those things. It's unbelieveable how our feelings can change themselves and everyone all of a sudden, like a 180 degrees flip and the worst of it all is not knowing where we tripped what caused this flip. It's like your heart has been twisted around and transformed itself in a big mouth with sharp teeth ready to crush any feelings that go down through the senses. So i'm trying to save some of the feelings in this words instead of letting them get crushed into a million pieces because those are not the fragments that i want to see scattered around here. Well, i thinks that's all for this year and i hope i can come back with a better post than this one in 2008!

Para a frente ou para trás

Estamos a chegar aos últimos dias do calendário de 2007 e em breve poderemos dar uso a um novo calendário que, e como sempre, esperamos que nos traga coisas boas (não o calendário, mas os dias que lá estão assinalados). Não vou estar a dizer se foi um ano positivo ou negativo, pois um ano não é o mesmo que um mês e muito menos que uma semana, é um longo caminho que se percorreu e que não termina nas folhas de um calendário, é sim um enorme conjunto de acontecimentos, uns com mais destaque do que outros é certo, mas de certa forma todos importantes para marcar o dia de hoje e para servir de ponto de partida para o dia de amanhã. Todos importantes para definir quem sou hoje e para me ajudarem a definir quem está ao meu redor, embora esta seja uma tarefa nunca concluída porque é um trabalho sempre em desenvolvimento. A verdade é que a maioria de nós não se importaria nada de poder reviver determinados acontecimentos desde 2007, quer estes fossem bons, quer estes fossem maus. Era a oportun

Oh Oh Oh!

Para alguns, o dia de hoje é o culminar de uma espera e o dia de estar preparado para o acontecimento que deu origem ao Natal, o nascimento de Jesus. Uma espera em que tentamos parar um pouco para reflectir e acalmar, para nos encontrarmos e para encontrar os outros que andavam perdidos no nosso afecto e na nossa memória. Para outros, são as últimas horas para irem às zonas comerciais e tentar encontrar uma oferta, de mergulhar mais uma vez, e na esperança que seja a última deste ano, no meio da multidão que se move freneticamente de um lado para o outro, de loja em loja, hipnotizada pelo espírito de Natal e numa euforia perigosamente descontrolada e que pode trazer consequências para o começo de um novo ano! É verdade que gostamos de impressionar e tentar abranger o máximo de pessoas que conseguimos com o nosso acto de dar um presente, de tentar ver um pouco de alegria na cara das pessoas quando recebem algo nosso, no entanto temos de ter cuidado com a euforia. Como já é hábito, nessa

Em vão

Quando pensamos que tudo vagueia na normalidade como a água de um rio num dia de Primavera que desliza sobre si, acaba por surgir algo que simplesmente modifica isso tudo e de repente parece que estamos no meio de um mar agitado e confuso como se este fosse o nosso reflexo, o reflexo do nosso estado de espírito. Mas será que vale a pena deixar acontecer essa transformação na forma como nos estamos a sentir e a pensar em relação a algo que parece estar ao nosso alcance, quando afinal de contas parece que só estamos a desperdiçar gotas de tempo e não só? Quando não sabemos se o silêncio será mordaz por existir ou por não existir. Ficamos sempre na expectativa de alcançar um bom resultado porque é isso que nos guia, a busca por um bom resultado, independentemente daquilo que desperta essa busca, mesmo que se esteja à deriva sem saber como dar o primeiro passo. Decidimos esticar a nossa mão, nem que seja num gesto reservado, mas mesmo assim tentamos, e tentamos porque acreditamos nisso e n

Aqui e Acolá

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Quando o tempo lá fora passa normalmente e o tempo cá dentro simplesmente parece que pára, os dias parecem durar uma eternidade e se no ritmo normal da dança surgem questões, imaginemos as que surgem numa dança em "slow-motion"! Se calhar por que estou cansado sento-me numa cadeira e ao mesmo tempo nem me chego a sentar porque já estou a abrir a porta para descer as escadas, descer as escadas para ir ao encontro da porta para sair dali e ir aqui e acolá! Passados alguns minutos volto para dentro, mas não preciso de subir escadas nem de abrir a porta que fechei porque afinal ainda estou lá em cima sentado a procurar aqui e acolá. Se não encontro nada aqui e acolá, abro os olhos e tento prestar atenção ao que me dizem e como se não tivesse me levantado e ido lá fora, como se tivesse estado sempre ali, ali sentado, respondo à questão que me colocaram com uma resposta que acaba como começou e que se calhar é exemplo de falar muito e dizer pouco, mesmo quando o falar muito se resu

Indiferença

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A indiferença reflectida através de um olhar vazio, parado, invisual e de olhos fechados e voltados para o interior do escuro sem respostas e sem soluções. A vontade de poder dar uma mão no meio de um intenso nevoeiro denso e tenebroso é tão angustiante quanto o sentimento de não saber para onde dar o próximo passo na ausência de vida ou na perda do controle total dessa viagem que dizem só ter dois dias! Há combates a que assistimos, passivamente, como se nem estivéssemos sentados nas cadeiras da arena ao redor do ringue. Há outros que somos nós a estar no meio do ringue a pensar como se estivéssemos num jogo de xadrez, estamos lá e não queremos estar ou estamos lá e de lá não queremos sair até haver um K.O.. Eu não estou no ringue, não gosto de lá estar e também não gosto de assistir, mas nem sempre temos escolha e o combate escolhe-nos.

Burn it Blue

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E hoje, por incrível que pareça, já é o terceiro dia do último mês do ano. O mês em que muita coisa acontece e em que tudo se transforma um pouco por todo o lado. É também um mês de verdades e de ilusões, mas sobretudo um mês de fantasia e de sentimentos. Mas como esse Post do blog não tem tópico definido vou dar uma corrida e saltar para a pedra que está à minha frente e deixar essa em que estou ficar atrás de mim, não é que faça grande diferença, pois será praticamente igual estar naquela ou nessa pedra. Quem sabe se no espaço que separa esta e aquela pedra eu possa conseguir apanhar um par de asas suspenso no ar e pegar nelas e voar pelo céu azul escuro fazendo um visita a cada estrela e talvez possa sentir o seu calor, seja ele quente ou frio. Caso não houvesse estrelas podia pedir ajuda a "Enya", afinal de contas ela sempre podia "pintar o céu com estrelas" e depois podia pedir ao "pescador" da "Dreamworks" para descansar um pouco e empresta

Uma noite à luz da vela

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Muitas vezes não conseguimos ultrapassar os problemas porque temos dificuldade em admitir que temos o problema nas nossas mãos. Outras vezes não encontramos o ponto de partida para a resolução desse problema e limitamos a esperar que o passar do tempo mude as coisas e que o problema desapareça, mas chega a um dia em que apenas serviu para o agravar. Encontrei algures um texto que fala acerca de um tema que não é novidade para todos nós, e quem sabe até o texto já seja conhecido, mas que por ser exactamente o que acontece muita vez, decidi deixá-lo aqui. Uma noite à luz da vela Encontrei uma pessoa que me confessou que a sua família, uma vez por semana, passa uma noite à luz da vela. Tudo começou num dia em que a electricidade faltou. Nessa noite não houve televisão, nem rádio, nem computador. Pais e filhos ficaram juntos em redor de uma vela acesa. O serão foi divertidíssimo, conversou-se, contaram-se histórias e o tempo passou serenamente. A experiência agradou e, a família, a partir

Prolongamento

Há dias em que determinadas músicas são capazes de expressar aquilo que sentimos e de certa forma sabe bem ouvir essas músicas! Provavelmente porque é como se estivesse alguém a ler-nos e a ver-nos e fosse capaz de nos dizer exactamente como nos estamos a sentir naquele hora, naquele dia. Talvez a música que deixo aqui não seja a música ideal para o dia de hoje, mas como o dia de hoje é o prolongamento do dia de ontem, deixo-a aqui. Não é uma música desconhecida para muita gente e também poder não ser uma música conhecida para muita gente e por isso é sempre bom ouvir ou "re-ouvir". Help, I have done it again I have been here many times before Hurt myself again today And, the worst part is there's no-one else to blame Be my friend Hold me, wrap me up Unfold me I am small and needy Warm me up And breathe me Ouch I have lost myself again Lost myself and I am nowhere else to be found, Yeah I think that I might break Lost myself again and I feel unsafe Be my friend Hold me, w

Tegan and Sara - Updated

Hoje, e sem muitas palavras, preencho este post com três videoclips de " Tegan and Sara" e isto porque às vezes o melhor remédio (para além de rir como se costuma dizer), é mesmo ouvir música e se não estamos com disposição para criar o nosso próprio videoclip para a música aproveita-se e vê-se o videoclip da própria música ou um adaptado . "Where does the good go" (porque não juntar "o útil ao agradável"?!...refiro-me à música e à serie) "Back in your Head " "Living Room" "The Con"

Dias Emprestados

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Estamos em Novembro, mas parece que o Outono pediu um dia emprestado à Primavera e acho que fez bem porque por vezes vem mesmo a calhar uma mudança, nem que seja do tempo! Uma mudança que muitas vezes tem origem no que está à nossa volta e que gira como se estivesse dentro de um carrossel e que acaba por nos levar dentro dos seus limites e só nos deixa sair quando pára novamente e nessa altura de certeza que alguma coisa já se alterou. Um dia emprestado de uma Primavera que podia ser aquela em que uns dos dias foram ocupados por passeios sem destino, sem horários e apenas com um ponto de partida que acabava por ser também a meta desse passeio que em nada se assemelhava a uma corrida. À excepção do dia que aquela Primavera pediu emprestado ao Inverno e que quase transformou o passeio numa corrida que afinal não fazia qualquer sentido porque a meta era o ponto de partida. E porque é que não se haveria de aproveitar para dar uns passos com a companhia da chuva?! Mas esses dias ou passeios

Vejo Um Rio

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Parece que estou sossegando [ou talvez esteja inquieto no desassossego do não saber] Starei talvez para morrer [mas não me parece] . Há um cansaço novo e brando [que mesmo assim me deixa de rastos na lassidão] De tudo quanto quis querer [mesmo sem saber o que queria querer] . [Mas haverá o dia que poderei dizer] Há uma surpresa de me achar Tão conformado com sentir. Súbito vejo um rio Entre arvoredo a luzir [e nele encontro o meu caminho na serenidade do sossego do silêncio do som da natureza que me rodeia]. Fernando Pessoa (17-03-1929) - texto a preto

Momentos de Tristeza e Solidão

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Por vezes basta a força de umas palavras, ditas ou escritas, para nos fazer abstrair do título deste "post" e percorrer os fios condutores entre o aqui e o ali, que transportam energia, não eléctrica, que ilumina um dia, uma noite...através do abrir de uma porta naquele quarto escuro onde estamos sós. A Tristeza Tem A Sua Hora Para Todos. Perdidos Na Multidão... De Repente... Sentimo-Nos Sós. Tremendamente Sós. Esmagados Por Uma Dor... Que, Por Vezes, Nem Nós Mesmos Compreendemos Totalmente. Reduzidos A Nada Com Um Peso Excessivo No Coração E Sem Brilho No Olhar... Sentimos A Necessidade De Uma Mão Amiga, Aberta, Estendida... Bondosa Que Nos Diga Que Não Estamos Sós. Precisamos Do Olhar De Ternura De Alguém A Quem Queremos Bem, E Queremos O Bem Alguém Que Nos Dá Esperança, Coragem E Confiança. Alguém Que Nos Dá Paz Interior, Bem-Estar E Serenidade. Sentimos A Falta De Alguém Que Nos Aqueça O Coração... E Faça, Connosco, Um Pedaço De Estrada... Que Partilhe Connosco Um Pedaço

"My Second Life" - Diaries of Molotov Alva

Podia ser algo real, ou talvez não tão real uma vez que se trata de uma fuga da realidade, mas é apenas uma história criada por Douglas Gayeton dividida por sete episódios de " Machinima ". Ao que parece só há disponível O nline esse primeiro episódio, ou parte deste. O conteúdo do vídeo é baseado no jogo (se é que se pode chamar jogo) " Second Life" que, para quem não sabe, é baseado num Mundo 3D digital, e onde já habitam milhões de pessoas que dessa forma criam o seu novo "EU" conforme lhes apetece. Há quem diga que o futuro da Internet passará por algo semelhante ao que já acontece em " Second Life" , onde as pessoas passarão a "existir" O nline de forma quase real. Segundo consta este trabalho já foi adquirido pela HBO e será exibido como um documentário e suponho que este se baseie na realidade virtual como uma alternativa ao mundo real ou se "alternativa" é uma palavra um pouco restritiva e demasiado centralizad

Music for a Nurse

Quando não aprendemos a dar valor às coisas, se é que a palavra "coisas" consiga expressar aquilo que está por detrás dela, quando elas ainda estão ao nosso alcance, quando elas ainda estão na nossa mão, mesmo que já só estejam penduradas no toque das pontas dos nossos dedos como se fossem teclas de um piano, corremos o risco de as deixar escapar e de encontrar o vazio que nos enche de sentimentos de tristeza, arrependimento, frustração, incapacidade. É um vazio que devia estar repleto de lições, mas que mesmo assim nem sempre são suficientemente elucidativas para nos ensinar o que tinhamos de aprender. Mas não vou ascrescentar mais nada porque neste momento não me apetece ser professor e não me apetece ser aluno daquilo que me quero ensinar. Hoje fica aqui a música "Music for a Nurse" dos Oceansize. And a piece of the pictures bitten right out of the middle I'm alone and thinner I feel Is this a prayer? Anaesthetise me just til you return I feel the loss like a

O meu Caderno

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Há coisas que nos são oferecidas e que nem sequer as pedimos ou temos oportunidade de as pedir da mesma forma que também não temos possibilidade de as recusar e isso porque talvez já estivessem pré-destinadas a pertencerem-nos. Exemplo disso é o caderno que tenho em minha posse e que me foi dado "vazio", "em branco", limpo e pronto para ser usado desde o momento em que me foi dado, estava pronto para seguir em frente como se pudesse levantar voo com as suas asas de papel. Não é um caderno de linhas, não é um caderno quadriculado, não é uma "sebenta" e também não é somente um caderno de "música". É uma mistura de todos esses tipos de cadernos, uma mistura que é resultado do registo do espaço de tempo entre um nascer do sol e um novo nascer do sol como se isso fosse o virar de uma página, de uma folha, mover o nosso marcador e a noite fosse simplesmente a sombra de uma folha quando ela se deita sobre o passado. Se numa folha "limpa e lisa"

Dias Cheios de Nada

Os dias cheios de nada são dias em que por mais coisas que façamos, acabamos sempre por preencher o tempo com pensamentos de tarefas incompletas, um pouco como a história do copo meio cheio meio vazio. Se por um lado podíamos ficar satisfeitos por já ter metade do copo cheio, por outro lado ficaríamos frustrados devido ao facto de o copo ainda estar meio vazio. É o choque entre o estar ocupado com muito e em simultâneo chegar à conclusão de que nada ocupou o tempo que não foi marcado com nada, uma colisão que pode causar estragos. É necessário olhar com atenção e saber fintar os pensamentos desse género porque podem ser como uma gota de tinta da china quando cai em cima de uma folha de papel. Mesmo sendo dias manchados, são como dias que não existiram. Isso por aqui tem estado um pouco deserto, se faz frio ou faz calor isso não sei porque está tudo na mesma, nada muda, não há ninguém para dizer como estão as coisas e se não há ninguém é exactamente por não haver nada, um lugar ermo.

To Build a Home

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Chego e paro. O olhar sustem-se sobre o portão de ferro, já velho e marcado pelas vidas que para lá da sua fronteira se resguardaram, o andar na sua direcção, que podia ser um andar sobre andas na expectativa de avistar o que está para lá do muro de pedras cuidadosamente encaixadas e que fazem companhia ao portão. Chegar a ele e com um simples gesto destrancá-lo e empurra-lo apreensivamente quebrando ligeiramente o silêncio das folhas a tocarem no chão. Avançar na direcção da avenida de árvores que definem a rua na direcção da imensidão do amplo e vazio e onde lá no final da sombra da árvores encontro um papel com algo escrito por alguém, como se de uma sugestão se trata-se. Sento-me e olho para o papel e vivo o momento de fechar os olhos, olhar ao meu redor e sentir as mudanças como se estivessemos a falar de estações que vão e vêm sem mais nem menos ou com etapas predefinidas que mesmo assim nos apanham desprevenidos no decorrer do dia, do decorrer dos passos. There is a house built

Sem muitas palavras

Hoje deixo aqui dois " videoclips ", embora sem muitas palavras a acrescentar porque há fases que elas simplesmente ficam escondidas à espera da altura certa de se mostrarem. Penso que as minhas estão escondidas, as poucas que existem, mas também quem sabe se somos nós que as fazemos ficarem escondidas e com receio de aparecerem?! Quanto ao primeiro "vidoeclip", "Dream on Girl" de Rita Redshoes, deixo-o aqui por ter sido engraçado a forma como cheguei a ele, ou à música a que ele dá vida e também porque gosto da música. Estava eu a ouvir a Antena 3 quando ouvi a música e então decidi ir à " net " tentar descobrir quem a cantava, e o primeiro resultado em que cliquei no motor de busca levou-me até um blog que para minha surpresa descrevia exactamente o mesmo trajecto que alguém tinha feito para encontrar a música e que eu agora também estava fazendo. Coincidências... penso que pode-se chamar assim. A segunda música, "She doesn't live here

Only Time

O bater do coração ou o bater da melodia que marca o ritmo da vida como um sino que toca logo pela manhã, lembra-nos que ainda aqui estamos para viver e lembrar aqueles que outrora brincaram connosco, nos abraçaram, nos beijaram, nos ensinaram a viver, nos ensinaram a ser quem somos. Aqueles que por vezes não sabemos como definir, mas que o cair de uma lágrima seria o suficiente para nos mostrar toda a sua fulgência. Não quero usar este texto para tocar nas feridas de ninguém, antes pelo contrário, pois o mínimo que há a fazer é mostrar o nosso respeito e a nossa compaixão e oferecer um abraço amarrado pelo sentimento de união e amizade perante a vida, o olhar para uma gota de água em frente a um raio de sol. Sabemos que o relógio não volta para trás e temos de seguir em frente, o que não quer dizer que atiremos um balde de tinta branca para o que está atrás de nós! Não! Há que usar as cores que a vida já nos deu juntamente com a sabedoria transmitida e continuar a pintar a nossa porta

"You're Beautiful"

Na certeza ou no acreditar dessa certeza, que existe sem se ver, encontro o trampolim que me impulsa para o topo da linha recta que me faz avançar na direcção da meta que serpenteia lá ao fundo com o ardor do sol. Vejo-a, mas sei que não está totalmente definida e por isso o sentimento é de precaução, alguma hesitação e ao mesmo tempo ansiedade. Ansiedade de chegar longe e atirar todo o corpo como se lá estivesse à minha espera um rectângulo de areia antecedido por uma linha branca para dar um salto ou talvez uma prancha no topo de uma queda de água onde pudesse incutir toda a minha força para logo de seguida sentir a liberdade de um voo de braços bem abertos a abraçar tudo o que estaria à minha frente, um abraço que se completava ao agarrar as águas invadidas pelo meu mergulho envolto no mais melodioso silêncio do fundo de oceano ou de um rio. Voltando ao mundo real e abrindo a porta da rotina, faço o meu trajecto dos dias de semana. Hoje vi um gesto que me fez lembrar a música que já

Fool's Work

Todos nós sabemos, ou pelo menos deviamos saber; e digo isso porque talvez seja melhor deixar alguma margem de manobra para se pensar duas vezes quando queremos dar uma certeza acerca de qualquer coisa; que a vida nem sempre é fácil e até talvez o prato da balança rotulado de "momentos dificeis" seja aquele que está sempre mais próximo do chão, como um tronco de uma árvore, que já deu o seu contributo, já sem agasalho e a espreitar os grãos de terra intercalado com migalhas de relva como se uma lupa fosse usada para tal. São alturas de desmoronamento em que parece que se acendeu a ponta do rastilho e a chama inicia a sua corrida e vai dançando o mais depressa que pode até encontrar a sua meta, deixando tudo ao cuidado dos alicerces que nos suportam e que nessas alturas se tornam frágeis e em risco de ruir. Agora é o bombear de pensamentos e emoções que surgem num ritmo frenético como o de uma fábrica onde não há sossego e onde as máquinas marcam o ritmo. Será que conseguimos

Sentado na Rocha

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O sentimento que me faz saltar e correr ao longo de todo esse labirinto comandado pelo tempo onde não encontro a saída. A saída infligida e que me faz retinir como uma pedra de cristal desfeita em gotas de água que são muito mais do que um cubo de gelo e que mesmo assim não arrefecem esse fervor que ferve sem fervilhar. Se pudesse sentava-me na minha rocha dia e noite, fizesse sol, fizesse chuva, e retirava os ponteiro do relógio e ponha-os a descansar algures no infinito do oceano para poder ter tempo para pensar e tornar a pensar até encontrar uma solução, uma saída. Agora que o relógio estava desarmado seria mais fácil! Durante o eclipse das horas, as memórias que abanam os atalhos do labirinto surgiriam como "flashes" das máquinas fotográficas dos "paparazzis", chegando a impedir os meus braços e as minhas mãos de desviarem a densa ramagem que se me imponha, que me encandeava o caminho deixando-me à deriva e sem conseguir avançar. Por mais que custe, por mais ab

Perto da Água

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É mais um dia que nasce ou mais um dia que morre, mas nesse momento isso também nem deve ser importante porque o que conta mesmo é o conjunto de riscos que esboçam uma acção definida entre os contornos do mar e das pessoas. Um contraste entre a solidão temporária ou definitiva e a companhia daqueles que estão lá e que de repente não estão, e que estão e num instante não estão, e que estão mas nunca estiveram, e que nunca estiveram e nunca vão estar. Um dia somos nós a estar ali sentados a sentir a água fria chegar até nós, à espera que venha alguém sentar-se ao nosso lado para juntos olharmos para o mar, para as estrelas e para a lua ou para a infinidade de formas desenhadas pelas nuvens; noutro dia será a nossa vez de ir até à beira da água e oferecer a nossa companhia a alguém que se esteja a sentir mais só. Se não vier ninguém pode-se ou deve-se aprender a observar o mundo na nossa própria companhia. Quem sabe se não é isso que aprendemos a fazer primeiro. Se nos sentirmos cansados

Momentos

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Um olhar, não uma palavra por dizer, mas uma frase que saiu pela clarabóia e voou em direcção ao seu destino, procurou a voz que a chamava [ou talvez não porque nem sempre é preciso ouvir esse grito] e aí se instalou e adormeceu. Terá sonhado?! Terá tido pesadelos?! Acordou? Respondeu? Aos poucos vem a noite, acompanhada de pequenos batimentos, de passos que deixam as suas marcas, marcas de ritmos de vida, nascem conversas, são convívios no viver da outra face da moeda, fora das amarras da obrigação. Os ponteiros deslizam desenfreadamente e o sol avisa que está a chegar aos poucos. A moeda vira-se e saem à rua os "prisioneiros"...Um dia de semana. Horas de um dia de semana. Há momentos que ficam gravados na nossa memória pelo seu significado, pela sua força e pela sua razão de terem existido. Mesmo sabendo que não são apenas os bons momentos que ficam guardados, continuamos a dar uso ao nosso calendário, seguro com fita cola, para voltar atrás e passar algum tempo caminhando

+ 2 Episódios

Há uns dias atrás vi mais 2 episódios da série "Anatomia de Grey" (que fazem parte de uma temporada anterior da série). Foram mais 2 episódios para juntar aos outros poucos episódios e fragmentos de episódios que já tive oportunidade de ver . No entanto não precisava de ver mais nenhum episódio para saber que a série está repleta de momentos que nos podem dizer tanto, momentos marcantes que no ecrã são protagonizados pelas personagens. No entanto às vezes não precisamos andar muito até os encontramos do lado de fora do ecrã, a serem vividos ao nosso lado ou até por nós próprios. E tudo isto porque afinal tudo se resume às Pessoas! Para quem conhece a série, sabe muito bem que a Dra. C. Yang esteve algum tempo sem falar com o Dr. Preston Burke (eu não sei o que os levou a deixarem de falar pois só vi os dois episódios em que num não se falavam e no outro acabaram por falar) e assim permaneceram, até que um deles se desse por vencido, sim, porque muitas vezes é isso que acontec

Por vezes

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Por vezes estamos a vaguear e encontramos coisas que nos impressionam, que nos fazem pensar e nos deliciam o olhar e o pensamento. Por vezes encontramos esses momentos que sabemos que temos que guardar. Esses momentos cheio de tanto. Hoje deixo aqui um poema de David Mourão-Ferreira. Para quem não conhece tenho o prazer de o partilhar e para quem conhece...de o deixar aqui para relerem. E por vezes as noites duram meses E por vezes os meses oceanos E por vezes os braços que apertamos nunca mais são os mesmos E por vezes encontramos de nós em poucos meses o que a noite nos fez em muitos anos E por vezes fingimos que lembramos E por vezes lembramos que por vezes ao tomarmos o gosto aos oceanos só o sarro das noites não dos meses lá no fundo dos copos encontramos E por vezes sorrimos ou choramos E por vezes por vezes ah por vezes num segundo se envolam tantos anos. David Mourão-Ferreira Matura Idade 1973

Alegria e Tristeza

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Foi com tristeza e alegria ao mesmo tempo que tive oportunidade de assistir e participar numa pequena cerimónia que contou com a participação e organização de algumas pessoas que ainda acreditam que é possível ajudar os outros. Com alegria por ver pessoas que, com um pouco da sua boa disposição, um pouco do seu talento, um pouco da sua vontade de ajudar, um pouco de seu amor, conseguiram angariar fundos para contribuir para a compra de algo que uma menina, portadora de uma deficiência mental, estava a necessitar e que a família não tinha possibilidades de a dar. Uma cadeira de rodas. E foi com tristeza por saber que há pessoas que não tiveram tanta sorte e terão de viver uma vida extremamente limitada. E por mais que tente perceber, acho que nunca conseguirei ter a noção exacta do que será viver fisicamente num mundo e mentalmente noutro. Infelizmente às vezes são só nessas alturas que sabemos dar valor a determinadas coisas que normalmente nem fazem parte dos nossos pensamentos do dia

Ausência

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Há ausências que significam presenças. Presenças noutros lugares anteriormente desconhecidos e apenas imaginados, lugares construídos através de imagens, sons, ecos e fragmentos, mas nunca completos. Foi definitivamente uma boa experiência estar presente nessa ausência relativa e ter a oportunidade de encontrar instantes de novas vivências, novas reminiscências para guardar e mantê-las no baú o tempo que for possível [para sempre era o ideal]. Felizmente havia a companhia de pessoas que muito contribuíram para a construção dessas memórias e a elas deixo o meu agradecimento. Todos nós sabemos que a vida é preenchida por várias fases e por várias camadas e devido a isso nem sempre tudo o que acontece é do nosso agrado, no entanto é importante haver espaços de tempo em que existam estrelas que consigam fazer o baloiço adormecer em paralelo com o horizonte. Ao longo do tempo vamos aprendendo a viver e a interpretar o mundo de maneira diferente, aprendendo a saber ver o mundo e a encontrar

De Volta

Parece ter sido ontem! Mas sei que não foi porque sei que o relógio não parou. E não parou porque não pode. Nada pára sem que seja ilusório. Muitas podiam ser as palavras para deixar aqui [hoje], mas vim só ver como estavam as paredes do quarto e tirar os lençóis brancos que cobrem a mobília, abrir a janela e procurar o papel e a caneta/lápis, ou o teclado e deixar tudo preparado para depois então poder usar a cadeira que ali está. E porque a música traz-nos recordações (e não só), vou por uma música a tocar para fazer companhia ao movimento dos ponteiros do relógio...

Volto Já...

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Que é como quem diz... daqui a umas semanas!

Ontem

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Ontem certamente que teria sido um dia ideal para usar o já famoso "Ctrl+Z"...Definitivamente! Hoje o "Ctrl+Y" também dava jeito por alguns momentos! Como nenhuma das duas hipóteses são possíveis resta vaguear por cima do tempo como se faz todos os dias.

O Banco e a Árvore

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É mais um dia, mais uma segunda-feira, mais um segmento de rotina. Estranhamente a cidade permanecia silenciosa, calma como a água de um lago adormecido dando espaço para a afinação dos sentidos para desfrutar de uma melodia, uma paisagem coberta por um tapete de relva. O sino toca, as pessoas na igreja, a porta aberta, o ar fresco da manhã e o silêncio. O silêncio exterior e as enormes conversas prolongadas já iniciadas há algum tempo. São passos iguais já contados, enumerados e automáticos, repetidos na sua existência com um destino programado pela sua repetição e que me levam a seguir em frente e a deixar aquele banco vazio à espera de companhia, aquele banco vazio que ficará ali a observar a árvore quieta ao seu lado e as pessoas que não param . Podiam trocar umas palavras, mas deixam-se ficar pela mutua companhia enquanto os fragmentos de vida tomam conta do palco por mais um dia.

Sabas Que II - Código de Barras

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Acha que perde muito tempo nas caixas do supermercado? Pois bem, lembre-se de que tempos houve em que não existiam códigos de barras e toda a informação tinha de ser inserida manualmente. Dá que pensar, não? DONOS DE SUPERMERCADOS DESESPERADOS Em 1948, o presidente de uma cadeia de supermercados norte-americana abordou um dos reitores do Instituto de Tecnologia Drexel, na Filadélfia, solicitando o desenvolvimento de um sistema que permitisse extrair rapidamente a informação relativa a determinado produto no acto de compra, para desta forma atenuar o pesadelo logístico que então enfrentava. A OPORTUNIDADE Bernard Silver, finalista da instituição, ouviu a conversa e, juntamente com o seu amigo Norman Joseph Woodland, decidiram levar a cabo a sua própria pesquisa. A primeira ideia dos dois baseou-se em padrões de tinta fluorescente, que seriam lidos sob o efeito de luz ultravioleta. No entanto, o conceito foi rapidamente abandonado por se ter revelado demasiado instável e caro. Após meses

A Viagem

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Um texto de Luísa Borges. Procuro e procuro...A IMAGEM que me fale da ALMA Não sei como, nem porquê nem onde, nem quando. Sigo sem rumo, apenas na direcção do vento até onde o sol de põe, na fronteira entre a LUZ e a ESCURIDÃO, até ao último cintilar daquela estrela, que me acompanha ao rumor do mar, que não se cansa de embalar corações e respirar saudade, num constante vaivém entre o morrer e o renascer.

We're All in the Dance

We're all in the dance ( Paris je t'aime OST ) Eu podia tentar arranjar mais algumas palavras para complementar a música que deixo hoje aqui, mas talvez não seja necessário porque ela diz tudo o que quer dizer. Afinal de contas, talvez realce que realmente estamos todos nesta dança, dia após dia. Cada um pode ter o seu próprio ritmo, o seu próprio estilo de dança, mas a verdade é que o mais importante é não parar de "dançar". Há dias em que a pista de dança é enorme, como também há dias em que ela parece pequena e com falta de espaço para qualquer movimento. Ao longo desta dança vamos encontrando pessoas que aparecem na nossa pista de dança e quanto mais tempo se mantiverem lá melhor! Dançar sozinho numa pista de dança não tem muita piada e faz-nos ficar cansados mais depressa e se parármos de dançar a música também pára! Valerá a pena viver sem a música? Se é que dá para viver sem ela. Por isso também é importante ter alguém a dançar na mesma pista que nós, porque há

Blackle

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Será mesmo verdade?!! Eles dizem que sim! Pelo sim pelo não, não custa nada experimentar. Quando o monitor está todo branco (uma página do Word, por exemplo), o computador consome cerca de 74 watts. Quando está todo preto, utiliza, em média, 59 watts. Partindo deste princípio, há alguns meses atrás, Mark Ontkush escreveu um artigo sobre a economia que poderia ser feita se a página do Google possuísse um fundo preto em vez de branco. Levando em conta a altíssima popularidade do site, seriam economizados, segundo os cálculos de Mark, cerca de 750 mega watts/hora por ano. Em resposta ao post, o Google criou uma versão toda escura da sua search engine chamada Blackle, que funciona exactamente igual à versão original mas consome menos energia. Fonte: Pc World