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A mostrar mensagens de junho, 2016

16.12 - The "a" Word

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Ao vermos as imagens que se seguem e o título da série em si, não será difícil sabermos afinal de conta de que se trata esta série televisiva... Devido ao facto de ter um membro na família que está no espectro (como pelos vistos algumas pessoas costumam dizer), e sendo pai de uma criança que ainda não ultrapassou aquilo que considero ser a fase/idade de risco ou a fase/idade de indefinição em relação a um diagnóstico de algo como o autismo, tratou-se de uma série que queria ver (devido ao tema e por ser pequena). Resultado ...  Arrependi-me e não me arrependi. A primeira porque faz pensar no assunto e acaba por ser uma forma de reavivar aquele receio (que tento ignorar, mas nem sempre é fácil) de sermos "contemplados" com algo do género e ficar a magicar e a ver coisas onde elas podem não existir. A segunda porque a interpretação da criança autista (não num grau demasiado severo) está muito bem conseguida e como sendo ao fim ao cabo o centro da série, acho qu

16.11 - Chorar, as cartas e a verdade

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"Caminhei pela margem do rio até à foz, sentei-me nos últimos cinquenta metros de praia que ainda existiam e estive duas horas seguidas a chorar. Nunca tinha chorado tanto em toda a minha vida. Só depois de chorar essas duas horas consegui finalmente recuperar a coragem para me levantar. Não sabia para onde ir, mas pus-me de pé na mesma e sacudi a areia que ficara agarrada às calças. O Sol tinha-se posto por completo, mas o dia ainda não chegara ao fim. Comecei a andar. Nas minhas costas, ouvia o murmúrio das ondas." "Escrever cartas nunca foi a minha especialidade. Sai-me sempre tudo ao contrário e confundo o significado das palavras." "Regra geral, as pessoas que têm jeito para escrever cartas são precisamente aquelas que têm necessidade de o fazer." "Nesta altura faz um frio terrível e estou com as mãos dormentes. Tenho a sensação de que as mãos não me pertencem. Com o cérebro passa-se a mesma coisa, também parece não ser o meu." Tir

16.10 - Murakami - "Em Busca do Carneiro Selvagem" e não só

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Este livro de Murakami remonta para os primeiros livros dele, e segundo alguns dizem (supostamente mais entendidos na matéria), é um livro experimentalista. Compreendo que o seja ou que assim seja considerado, pois nota-se que há aqui neste livro "as primeiras tentativas" de Murakami nos fazer viajar por mundos que nem sempre estão ao alcance da nossa realidade. Quem já leu outros livros do autor já está a par dessa sua capacidade, e basta ver que 3 anos depois desta busca do carneiro, o livro "O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo" é um perfeito exemplo da capacidade de misturar o real com o irreal ou o inconsciente, o mundo dos sonhos, universos de certa forma paralelos que acabam por ser uma das coisas que mais me cativam na sua escrita. Já há muito tempo que estava para ler este livro de Murakami e apesar de não considerar o meu livro favorito dele, é um bom livro e cuja leitura se recomenda sobretudo a quem gosta dos livros deste autor.  A hi