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A mostrar mensagens de 2014

Uma espécie de respeito...

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Não sendo uma obrigação, mas antes uma espécie de "respeito" para com este meu espaço, não podia deixar de cá vir hoje para deixar algumas palavras, muito possivelmente as últimas desde ano, já que, não sendo eu muito diferente da maioria das pessoas, é normal nesta altura nos referirmos aos eventos [ou às coisas mais simples] que vão acontecendo nestas últimas horas ou dias como as últimas deste ano, uma espécie de tradicional ano em revista [claro que neste post não vou rever 2014]. Regra geral não faço listas com aquilo que pretendo fazer ou alcançar no ano seguinte e doravante não tenho nenhuma checklist alusiva a 2014 na qual tivesse assinalado o que consegui fazer e o que não consegui e a vantagem de não ter essa lista é que agora não preciso olhar para ela e verificar que uma série de coisas ficaram por fazer...a desvantagem [de não ter tal lista] é que haveria coisas que sendo marcadas certamente estariam mais presentes e nos lembrariam que haveria objectivos a c

Por natureza ou tradição e a Família

Por natureza ou tradição, esta é aquela altura do ano em que o conceito de família ganha ainda mais importância. Vasculhamos nas nossas memórias e aproveitamos para reviver a sós, ou na companhia daqueles que mais gostamos, momentos que pertencem ao passado e que regra geral ficaram memorizados pelo seu carácter positivo. É com saudosismo que revisitamos esse espaço temporal e é com tristeza e pesar que nos lembramos daqueles que já não estão connosco e é com igual tristeza que também falamos (nem que seja com nós próprios) daqueles que por motivos pessoais (que podiam ser evitados se um sem número de circunstâncias infortunas não ocorressem, mas de que nos serve lamentar o passado se nada fazemos para mudar o presente?!) não têm a possibilidade de estar connosco em alturas como estas, alturas em que a companhia da família e dos amigos (para quem os tem) ganha contornos ainda mais especiais, sendo essas as migalhas que podem alimentar-nos a alma. Sei que não irás ler estas palavras e

Um Feliz Natal

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A todos aqueles que dedicaram algum do seu tempo a este meu espaço e com quem tive oportunidade  de partilhar algumas destas palavras escritas (mesmo que não sejam tantas quanto gostaria), desejo um  Feliz Natal  e que este seja o melhor possível para cada um de vós à sua maneira!

Os Interessantes - Meg Wolitzer

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Uma das coisas que me faz saber que gostei de um livro é a vontade que sinto de o querer partilhar com quem me seja próximo (e não só) e a quem eu ache que  livro em causa também possa agradar. "Os Interessantes" de Meg Wolitzer  é sem dúvida um desses livros. Li-o porque ele desde logo me despertou a atenção ( incluindo a sua capa) e o facto de também ter sido recomendado por algumas pessoas que o leram e cujas opiniões são fiáveis. Posso deixar aqui a sinopse do livro, mas creio que dizer que o facto de nos sentirmos como um elemento invisível que acompanha os vários momentos da vida daqueles amigos cuja história é relatada neste livro, é bem mais interessante. É exactamente isso que o livro tem a capacidade de fazer...consegue levar-nos para junto daquele grupo de amigos como se fossemos também parte do grupo e quiséssemos partilhar com eles as nossas vivências sem que para isso tenhamos de ter tudo em comum com eles, já que eles próprios têm as suas próprias persona

A Luz Insubmissa II - Paulo Damião

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"A Luz Insubmissa II" é a mais recente exposição de pintura (em terras Açorianas) do artista Micaelense Paulo Damião, e que teve lugar em Ponta Delgada. Foi obviamente com agrado que tive oportunidade de apreciar pessoalmente este novo conjunto de obras que compõem esta exposição. Conheci as obras deste artista quando da presença de uma outra exposição dele na ilha de São Miguel e já lá vão mais de 7 anos!!! Na altura registei aqui no blog algo sobre a referida exposição e sabe bem poder voltar atrás e encontrar esta referência. http://fragmentosrepartidos.blogspot.pt/2007/06/no-abismo-secreto-do-peito.html Este novo grupo de trabalhos surge de certa forma no seguimento dos trabalhos anteriores e apesar de se notar uma grande evolução (embora em termos artísticos esse termo"evolução" possa ser muito relativo, pois o artista pode simplesmente expressar-se de formas diferentes não querendo com isto dizer que os trabalhos sejam obrigatoriamente melhores agora d

A Rapariga com Pés de Vidro

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Este é o titulo do livro que acabei de ler muito recentemente do autor Ali Shaw (que desconhecia e que pelos vistos ainda está no início de carreira, tendo por agora mais um livro para além deste editado em Portugal. O novo livro tem como título " O Homem que Chovia " e não sabemos quando será editado em Português). Neste livro ("A Rapariga com Pés de Vidro") somos transportados para um arquipélago imaginário (Terra de Santo Hauda) que tem uma mistura entre o surreal e o real, sendo as ilhas desse arquipélago aparentemente já desenvolvidas em vários aspectos, contudo parece-me que a história tanto se pode passar nos dias de hoje como num tempo anterior, onde certas tecnologias (as normais de hoje em dia, nada de excêntrico) não precisavam de existir, pois não interferem significativamente na história. Em termos gerais fiquei com a sensação de que se tratou de um livro que soube a pouco na medida em que são apresentados alguns elementos ao longo do livro (desde

Felicidade - Happiness

Hoje, numa breve sessão de zapping, uma das questões nas notícias estava relacionada com o que era a felicidade. Concordei com diversas respostas que foram dadas, sendo que a destacar está aquela que menciona que para estarmos felizes é necessário sabermos que as pessoas que são importantes para nós ( sobretudo a nossa família e amigos mais chegados), também estão bem. Isso é sem qualquer dúvida uma verdade e no seguimento dessa linha de pensamento está o meu post anterior aqui no blog. A felicidade é feito de pequenos momentos, pequenos momentos onde várias coisas convergem naqueles instantes e há que conseguir aproveitar esses momentos, pois não sabemos o dia de amanhã. Muitos de nós gostavam de ser capazes de viver o presente como se não houvesse amanhã, mas infelizmente as coisas não são assim tão simples ou lineares. Felicito quem tem essa capacidade, a capacidade de conseguir viver a vida com um constante sorriso na cara e trazer sempre consigo uma palavra positiva, ou pelo men

Volcano

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Um estado latente de determinadas situações que se podem dar por adormecidas (ou como se costuma dizer, em banho-maria ou em águas de bacalhau), para mais tarde darem de si, e virem ao de cima com toda a sua pujança. É uma dualidade intermitente, pois ora tanto nos aclama como nos aflige e é como se tivéssemos um interruptor conectado à memória que por momentos desliga o fúsivel que nos liga directamente às memórias relacionadas com determinados problemas e durante essa fase OFF conseguimos sentir alguma abstracção e estar longe dos inconvenientes, estar longe do manto de lava que vai fervendo lentamente, escondido no interior da terra como se nem existisse. Está lá e não está. Contudo, é sem mais nem menos [regra geral] que algo activa novamente o tal interruptor colocando-o na posição ON, fazendo como que o vulcão, como por magia, se transformasse numa estrutura translúcida, desde a sua câmara magmática até à sua cratera, permitindo vermos o magma  com vontade de se transformar em

As pessoas que gosto

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As pessoas que gosto...ora bem, eis uma boa pergunta. Se calhar opto por deixar as palavras dessa resposta para outro post mais conveniente e por agora vou antes dar algumas indicações do tipo de pessoas ou do tipo de comportamentos que algumas pessoas têm e que não me agradam. Posso até simpatizar com a(s) pessoa(s) às quais possa servir a barreta, mas certas atitudes simplesmente são sinónimo de desagrado perante tal pessoa e é como um vidro quebrado... podemos colá-lo/repará-lo, mas nunca mais será o mesmo. Portanto, desagrada-me ... ... a atitude da pessoa que acha que sabe tudo sobre tudo e mais alguma coisa e, mais grave ainda, apesar de pensar que é dono da sabedoria e inteligência desse mundo todo, não dá a possibilidade às outras pessoas de demonstrarem a sua opinião ou ponto de vista porque desde o início já estava convencida que a sua perspectiva era a única correcta e possível! ... a atitude da pessoa que se sobrevaloriza não demonstrando qualquer sinal de humilda

P. Genius

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Foi ao acaso que me deparei com uma música desta banda ou deste artista, cujo semblante, diga-se de passagem, mete alguma impressão quando não se está habituado, pois facilmente se vê ao seu lado mais efeminado e  para a maioria das pessoas, o estímulo deve ser logo pensar que se trata de músicas para pessoas com problemas de orientação sexual, pois inclusive parte das letras das suas músicas (e pelos vistos alguns videoclips) estão relacionadas com a vida e orientação sexual do cantor. Creio que muita gente não ouvirá as suas músicas devido a esse facto, contudo, aqueles que conseguirem ultrapassar isso e souberem dar primazia ao que determinadas músicas conseguem exprimir, não apenas pela sua letra, mas também pela sua sonoridade e afins, terão músicas que não se ouvem apenas uma vez mesmo que não nos identifiquemos com grande parte das coisas que possam ser ditas nas suas músicas. De referir que essa identificação também não é sempre essencial para gostarmos de uma música uma vez q

Mar de Papoilas - Amitav Gosh

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"Mar de Papoilas" de Amitav Gosh, não é à primeira "vista" um livro muito fácil de se ler, pois ainda demora algum tempo até nos sentirmos embrulhados na história, até sentirmos que conhecemos minimamente as personagens que habitam este livro e além disso, para "desajudar", é necessário consultarmos frequentemente o glossário que existe no final do livro caso queiramos perceber algumas das palavras/termos escritos na sua língua original e que surgem com bastante frequência durante todo o livro. Alguns deles ficam na memória (aqueles que surgem com mais frequência), contudo existem outros que não dispensam a sua consulta/tradução. Por mais que se tente seguir em frente e tentar decifrá-los tendo em conta um possível contexto, nem sempre isso é possível, por isso recomenda-se a consulta do glossário...mesmo que isso quebre muitas vezes o ritmo da leitura (algo que não gosto quando acontece!!). Será também aconselhável saberem mais ou menos a estrutura de

You Are All I See

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- Sei que estás relutante em acreditar nestas minhas palavras, mas deves acreditar que o caminho a seguir é este que te indico. Pode parecer algo descabido e até egoísta, mas ir para onde vou e querer-te lá comigo é tudo o que talvez possa parecer certo para nós.  Dá-me a mão, vamos em frente. Existem partidas que não são necessariamente partidas, são somente um começo de algo novo e aquela porta, escondida ali em baixo, irá levar-nos para um novo mundo onde a mágoa e o sofrimento não têm permissão para lá estar. Pode também não ser o mundo perfeito, mas merece uma visita. Podes levar a saudade contigo e inclusive a tristeza, mas, fica sabendo que poderás deixar aqui a maldade ou os sentimentos de mesquinhez de quem os possa ter e que por vezes nos magoam e nos prendem como se nos agarrassem pelo tornozelos não nos deixando  caminhar livremente... e vais ver que essa liberdade que irás sentir é algo que nunca imaginaste.  - Eu sei que as tuas palavras deveriam ser aquilo em qu

EndGame [A Chamada] ... um livro ou muito mais do que isso?!

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Infelizmente não tenho a resposta para essa questão, mas que a ideia é interessante lá isso é. Não sei se o prémio é real, mas hoje em dia tudo é possível ou a ideia em si não fosse também, no fim de contas, uma boa estratégia de marketing. A premissa para a história do livro faz-nos obviamente lembrar outras histórias que têm aparecido recentemente no mundo dos livros e por consequência no mundo do cinema [ou não necessariamente por esta ordem], mas aqui o ponto forte é a questão de poder haver uma interacção entre a história do livro e o mundo real no sentido em que será necessário completar puzzles e fazer pesquisas que supostamente nos levarão aos sítios certos e e que nos ajudarão a descobrir as chaves que dão acesso ao dito prémio. A partir de 7 de Outubro serão milhares e milhares de pessoas que irão querer comprar o livro para poderem embarcar nessa aventura... resta saber se o segredo está bem guardado por todos aqueles que desenvolveram a ideia/conceito pois seria injusto al

Memorável 5 de Setembro

Hás dias que passam e não nos deixam nada de especial, deixam-nos indiferentes, como se tivéssemos um monte de areia que se esvazia entre os nossos dedos, restando apenas uma mão vazia. No entanto, existem também dias que são memoráveis. Geralmente associo essa palavra [memorável] para algo ou para aqueles dias que são diferentes e especiais por significarem alguma coisa, alguma coisa positiva que dali em diante passa a fazer parte do típico baú das memórias que muitos de nós gostamos de evocar com alguma frequência. Infelizmente este 5 de Setembro não foi efectivamente um dia positivo e será recordado (espero que poucas vezes ... embora já saiba que esse será quase de certeza um desafio perdido por natureza) por motivos tristes que acabam por ser como um estaca bem afincada no chão a definir um marco, um carimbo que guarda uma data, um acontecimento registado na ficha da vida! Uma chama que se ergue lentamente, que tenta iluminar-se a si própria e que, ao fazer isso, mesmo sem saber

Peace of Mind

Tal como muitas outras pessoas, tomei conhecimento desta música (Peace of Mind da banda The Jezabels) aquando do final da série televisiva The Killing. Foi certamente uma boa escolha musical para encerrar esta série que teve os seus altos e baixos, mas que no geral, teve para mim um balanço positivo, não sendo apenas superficial, sabendo lidar com as situações que envolvem pessoas e suas respectivas personalidades (demonstrando as suas melhores qualidades e piores defeitos), mostrando que não é fácil estar sempre engrenado nesse conjunto peças que formam uma máquina gigantesca chamada sociedade. Estas minhas palavras não se devem somente ao facto de querer mencionar como conheci esta música ou para a deixar aqui no meu blog, mas também ao facto da sonoridade melancólica/ triste desta música ter-me feito navegar em águas dotadas de tons cinzento-azulados que me embalaram numa série de pensamentos revestidos de memórias e perspectivas de possíveis futuras situações que desejava imenso

Antes sozinho que ...

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Se estar sozinho pode por vezes causar uma sensação de ansiedade ou até mesmo um certo tipo de claustrofobia, estar na companhia de outras pessoas e simplesmente não ter(em) nada que dizer uma(s) à(s) outra(s) é capaz de ter o mesmo efeito ou até ser ainda pior, pois aquele silêncio parece crescer como um bicho papão e dentro da nossa cabeça existe uma espécie de cronómetro em contagem decrescente enquanto tentamos encontrar palavras para afastar o tal monstro que nos cerca como uma enorme nuvem de fumo negra.    

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Por vezes sinto que tenho dificuldades em parar uma avalanche de ideias que supostamente deveriam ser bem vindas, contudo o que sinto na realidade é a frustração de não conseguir fazer grande coisa com essas ideias, elas acabam por se atropelar umas às outras não deixando nenhuma germinar ou dar os frutos que devia dar. Tento pegar nalguma ideia que tenha sobrevivido ao reboliço mas ou ela já está desenquadrada ou então já está demasiado deformada para poder ser utilizada. Se calhar é algo a dizer-me que esse caminho que tento trilhar não é um caminho que seja para mim. É óbvio que somente eu posso lutar e esforçar-me para desbravar esse caminho, mas ultimamente a frustração tem levado a sua avante e tenho andado à luta com uma tela que teima em querer ficar em branco...literalmente!

Schopenhauer e a vida | filme Chinese Puzzle | For 12 dos Other Lives

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Em jeito de partilha num blog de um amigo, tomei conhecimento do filme "Quebra Cabeças Chinês" ou "Chinese Puzzle" que é a continuação de uma história iniciada com o filme "Residência Espanhola" e continuada em "Bonecas Russas". Como já me tinha sido dito que o filme era bom e valia a pena ser visto, já sabia que não iria ser tempo perdido e não foi. É um filme que se recomenda a quem tenha visto os outros 2 filmes ou não, pois sério e divertido ao mesmo tempo, descrevendo, analisando e brincando com aquilo que é a vida, dando-nos ao mesmo tempo uma imagem de Nova Iorque mais realista (ou pelo menos diferente) do que aquela que se vê na maioria dos filmes onde o essencial se resume à espectacularidade do Times Square. Para além querer deixar aqui essa referência ao filme, outro dos motivos que me levou a querer deixar aqui este post, foi uma engraçada analogia que aparece no filme relativamente à vida, sendo essa uma analogia da autoria de Scho

Noah Gordon - O Físico (ou o Médico)

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Físico era supostamente o nome que davam antes (nesse caso no século 11) àqueles que hoje conhecemos como médicos. Este livro de Noah Gordon, para além de nos dar uma lição sobre o judaísmo, faz-nos ver como era complicado o campo da medicina naquele tempo. É quase impossível não fazer a comparação entre o antes e o agora e chegarmos à conclusão que aquilo que hoje em dia já são capazes de fazer, representa uma diferença abismal comparativamente com a medicina daquele tempo. Mas como tudo na vida, trata-se da evolução, e felizmente o Homem soube (e espero que saiba ainda mais no futuro) dar primazia às coisas que possam contribuir para a capacidade de viver e persistência da humanidade, não desperdiçando assim a sua existência com a investigação de coisas que só contribuem para o oposto disso como é o caso da pobreza, a fome, a guerra, a morte, etc. Mas voltando ao tópico deste post, que tem como objectivo relembrar este livro de Noah Gordon que tive o prazer de ler há já algum tem

Restaurant Blast

Existem músicas que não sabemos explicar bem porque é que mal as ouvimos, ficam logo presas em nós. É o caso desta música dos Windmill (banda esta que há já bastante tempo me foi dada a conhecer por um amigo ... que por sinal tem um bom gosto musical) e que se chama " Restaurant Blast " (do último album lançado pela banda:  Above Du ­ffle Farm ). Infelizmente algumas das músicas que tenho ouvido desta banda, soam-me talvez um pouco repetitivas e por isso nem todas conseguem despertar em mim o mesmo interesse, mas isso acaba por ser quase normal, pois não somos obrigados a gostar de todas as músicas que um cantor ou banda manda cá para fora. Aquelas que me agradam e que são únicas compensam pelas outras. Algumas músicas dizem-nos muito devido à sua letra que faz com que nos identifiquemos com ela, mas esta aqui, é quase como se fosse uma pintura abstracta que, envolta numa aleatoriedade, e aliada às matizes dos murmúrios e ao semi-choro, faz-me escutá-la vezes sem conta, mes

Maldito Karma

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Maldito Karma é o título de um dos livros de David Safier, autor esse que desconhecia até ter lido este livro. Não é que um livro seja suficiente para se conhecer um autor, mas pelo menos já nos dá uma ideia acerca do que se pode esperar ou de como é a escrita do mesmo.  E se no início da leitura de Maldito Karma eu estava meio reticente quanto a este livro (não que isso se devesse a más opiniões acerca do mesmo, pois geralmente é um livro que agrada a maioria dos seus leitores), a certa altura dei por mim e já se tinha tornado um livro que tinha de ser lido de uma ponta à outra, sobretudo devido à sua vertente cómica entrelaçada numa escrita eficaz e perspicaz. É obviamente um livro que, devido à sua faceta de ficção, tem de ser lido com "uma mente aberta" e não gradeada a ferros pela realidade, pois só assim se irá conseguir tirar partido do seu prazer de leitura. No meio da comédia e da ficção/fantasia (aqui apresentada sob a possibilidade de se encarnar/ressuscitar n

Invisibilidade aos olhos dos outros

Se há coisas que me irritam, ou melhor, que me deixam de certa forma apreensivo ou desiludido, é quando alguém que, apesar de já não nos vermos ou convivermos há relativamente bastante tempo, passa por nós e finge que não nos conhece. Não seria minha intenção parar a pessoa em questão e fazer um interrogatório para saber a vida dela do dia x até à actualidade, mas um simples aceno ou um cumprimento  (aquela pergunta que é pergunta mas no fundo serve quase exclusivamente de cumprimento "do género: Olá, tudo bem?") seria sempre mais bem vindo.  Tratando-se de uma pessoa com quem poucas vezes tivemos oportunidade de falar ou de nos cruzar, até se entende que essa pessoa fique na dúvida se há de nos cumprimentar ao cruzar-se connosco na rua, mas sendo alguém que se conhece (ou conhecia) mais do que isso, não é agradável. Não foi coisa que me ocupasse a mente por muito tempo, mas por acaso lembrei-me novamente da situação. Penso que se me acontecesse o mesmo com outras pessoas,

Cidades de Papel

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É o título do 2º livro de John Green que tive oportunidade de ler. Não valerá a pena comparar ao "A Culpa é das Estrelas" por se tratar de livros diferentes, mesmo tendo aspectos em comum. Ao passo que esse último ["A Culpa é das Estrelas"] centra-se mais numa história de amor quase condenada, em "As Cidades de Papel" há talvez um maior destaque para a amizade em geral e a forma como as pessoas se relacionam, fazendo de certa forma uma crítica à sociedade moderna constituída em grande parte por "pessoas de papel". Na história deste livro acompanhamos um grupo de amigos, estudantes a finalizar o liceu que preparam essa mesma fase das suas vidas já com algumas perspectivas para o que possa vir depois disso. Entretanto acabam por se ver envolvidos numa busca por uma pessoa (colega de escola ou amiga, tudo depende do que se entende por 'amiga') que desaparece ou decide desaparecer. Esse desaparecimento, voluntário ou talvez não, levanta

Saber ou não saber

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Outra das dualidades da vida, é termos ou não termos o conhecimento de algo...sobretudo no que respeita aquelas coisas menos agradáveis. Cada uma das situações (saber ou não saber) tem as suas vantagens e desvantagens e só a própria situação em si é que pode ditar quem sai vencedor nessa batalha! O não ter conhecimento de algo é uma das razões que nos leva muitas vezes a visitar as memórias da idade da inocência [entenda-se infância], tempo em que as preocupações são mínimas e altamente relativas. Claro que isso também está a mudar, pois nos dias de hoje, o prazo de validade dessa inocência é cada vez mais reduzido e assim, mais precocemente surgem as preocupações que nos começam a definir. Mas voltando à questão inicial e tentando balançar entre os dois extremos... sabermos de algo torna-se mais prudente pelo facto de nos deixar preparados, ou minimamente preparados, para o que possamos ter de enfrentar, já que em contraponto há surpresas/notícias que não são nada nada agradáve