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A mostrar mensagens de junho, 2007

Nick Cave - Henry Lee Weeping Wild Roses

Hoje, ou pelo menos por agora, não há palavras e por isso faço uso das três músicas de Nick Cave and The Bad Seeds que aqui deixo. Weeping Song Henry Lee Wild Roses

No Abismo Secreto do Peito

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Pinturas de Paulo Damião - "No Abismo Secreto do Peito" É do nada e do vazio que existe no meio daquela névoa cerrada, morna e arrefecendo, que surgem as formas, as texturas, as cores, os movimentos súbitos intercalados com ruídos de apelo ou talvez de revolta, que dão vida a vidas estranhas, inseguras, assustadas perante o alcance dos olhares fixos e penetrantes, saídos do abismo (talvez secreto do peito), que congelam o ar e tudo o que dele vive. Uma tentativa de fuga ou uma tentativa de protecção através de um virar de costas, de um abraço, do esconder, do querer fugir de si mesmo, são o que os rostos daquelas vidas nos transmitem através do seu silêncio e da sua incredulidade. Da sua inesperada falta de aptidão para se movimentarem, para se libertarem.

Passagens

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Hoje, e talvez como tenha sido sempre, há em muitos de nós o hábito de tecer sempre alguma critica acerca de alguém. Porque fazemos isso? Dei por mim a pensar nisso e não estava a fazer pontaria para ninguém em particular e isto porque não queria escorregar e cair sobre as palavras que passam aqui hoje. Se isso acontecesse podia magoar-me a sério porque cair sobre um "i" não deve ser muito agradável ou sobre alguma outra letra acentuada. Talvez a resposta à questão colocada acima esteja no facto de estarmos constantemente a construir um modelo para seguir durante o nosso percurso, estarmos sempre a rabiscar, a esboçar até arranjarmos os traços perfeitos, as linhas finais, que nos darão a sensação de plenitude, e quando encontramos um risco no nosso desenho ou no desenho dos outros que não consiga fazer parte dos nossos traços, surge um certo tipo de desconforto e é aí que entra em cena a nossa expressão em forma de crítica. Será que perdemos muito tempo a olhar para os nossos

Rua Pretandant, 5

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Na rua Pretandant vive o Sr. Makebelieve, que é dono do espaço comercial que fica no rés-do-chão do edifício nº5, um edificio alto e pintado de laranja e azul (criando um contraste tal e qual àquele que as pessoas podem sentir ao chegarem à porta da loja) que por acaso é também o canto no mundo onde ele mesmo habita. Pode-se dizer que nos dias de hoje é das lojas com mais afluência, sobretudo se tivermos em conta que está localizada naquela vila onde só existe aquela enorme rua que nem sequer tem saída, uma vez que no final da rua a única opção é contornar a pequena rotunda que lá existe e que obriga a quem a ela recorre ter que voltar ao sítio de onde veio antes de entrar na rua Pretendant. A loja do Sr. Makebelieve tem uma montra enorme e não passa despercebida a quem vagueia naquela rua. Podem ler-se nos letreiros frases como: "Precisa de um dia diferente?", "Tem sonhos por realizar?", "Quer ser quem nunca foi?","Quer alterar o futuro?", etc.

Sabias Que I - A Televisão

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Porque de vez em quando encontramos algo curioso e que não sabiamos e também porque o "saber não ocupa lugar", acrescento uma nova categoria ao blog...."Sabias Que". Como programa de televisão foi muito fraco. "Ao vivo, dos laboratórios de RÁDIO da General Electric, em Schenectady, Nova York, apresentamos"..... um sujeito tirando os óculos. E depois pondo o óculos de novo. Depois, soprando um anel de fumaça. Foi assim a primeira transmissão de televisão do mundo - destinada a apenas três casas. No entanto, naquela tarde de janeiro de 1928, um brilhante engenheiro da GE, o sueco Ernst F. W. Alexanderson, fundou um dos meios de comunicação mais poderosos e influentes da História. Desde o começo do rádio no início dos anos 20, a corrida foi para juntar e transmitir som com imagens em movimento. Dois anos antes da demosntração de Alexanderson, o escocês John Logie Baird usara um artefato para transmitir a imagem bruxuleante de uma cabeça humana. A GE superou o

Hooverphonic - Out of Sight (Friends)

Em poucas palavras o que se poderá dizer dessa música e desse videoclip?! Talvez...que há coisas que demoram tempo a construir e que de um momento para o outro podem ser destruídas, podem acabar. Contudo é possível fazer alguma coisa para evitar que isso aconteça não deixando a "degradação" comandar, aprendendo a dar um passo atrás quando é necessário!

Dormindo

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Um conjunto de imagens e movimentos, acções, que nos transporta para lugares desconhecidos ou conhecidos, e que nos faz viver experiências novas ou repetidas, lógicas ou abstractas e que por vezes nos deixam uma enorme confusão que dura por algum tempo e nos distrai. Ir não sei a onde, encontrar pessoas não sei de onde, ir com alguém conhecido e encontrar mais conhecidos! Uma casa pequena, toda feita em pedra com o tecto cheio de abóbadas góticas, num momento perto do chão e noutro já quase no céu, e cheia de janelas e portas azuis, novas! A porta atrás que não dava para o quintal, dava para uma enorme floresta de onde surgem pessoas conhecidas e servem de pretexto para nos apresentar aos desconhecidos, que disseram de onde vinham e o que estavam ali a fazer...mas não consegui perceber! Um cachorro...por sinal o do filme da noite anterior (PT) e depois veio outro cachorro com alguém conhecido que veio correndo a ritmo de passeio pelo meio das enormes árvores, que era parente de outro

Andar a Subir

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Cada dia que passa é um degrau que subimos durante a nossa caminhada. Pode ser um degrau que traga grandes mudanças como também pode ser um degrau que seja apenas uma transição entre o tique-taque dos ponteiros do relógio. No entanto sabemos que há degraus que estão assinalados porque significam alguma coisa, como se fossem um sinais que encontramos nessa caminhada e que têm alguma coisa para nos dizer, para nos lembrar, para nos avisar! Há marcas que assinalam coisas boas e há outras que nem por isso. Esses degraus que vamos pisando e conquistando estão acorrentados ao som que nos acompanha no único sentido possível, não nos deixando dar um passo atrás para depois dar outro em frente novamente e isto porque quando estamos em cima de um degrau já o anterior se transformou em vidro e devido à sua fragilidade corre-se o risco de o estilhaçar se o nosso pé cair em falso sobre ele. Há degraus onde que o sol, o vento e a chuva se encarregam de testar os pratos da balança, que se traz nos bo

Your (our) World

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E porque hoje é 5 de Junho, ficam aqui algumas palavras de Edna Yaghi que podiam ser ditas a alguém, mas hoje estão aqui porque podiam ser ditas em voz alta no meio do nada para alcançar tudo à sua volta. I soak up the stark beauty of your world Through my foreign eyes And absorb whatsoever you offer Having learned to be thankful For the bounty of your coffers However great or small. I am an eager student of your realm Chronically curious every wandering, wondering, Observing your thoughts, culture And reactions with reiteration of my preoccupation. I have slowly evolved into a mirror of your moods, Your laughter causes me to smile, Your tears well rivers of my own Which overflow the banks Of my perspective, giving me introspective Into your psyche. I have trod your oft-trodden paths I have swum to the fire of your distant shores I have sailed the clear blue of your skies And have painstakingly etched my lifeline Through your own. Now, weather worn, sand torn, I plod through the rifts