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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

Mãe...filho

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"Ahhh...Realmente as mães nunca têm os filhos que gostariam de ter..." Eis uma conversa que se atravessou ao meu lado e que de imediato chamou a minha atenção como se eu estivesse prestes a atravessar uma rua e alguém, por algum motivo, me puxasse para trás. Os momentos seguintes foram preenchidos com fragmentos de pensamentos em forma de questões arredondadas e relacionadas com aquela conversa. Certamente que escondido atrás das palavras proferidas por aquela senhora, devem existir razões que na opinião dela, justificam tal afirmação, razões que desviam a atenção para os piores adjectivos, para as piores decisões que um filho pode tomar e por conseguinte, para as piores atitudes.  Estarão todas as mães desiludidas com os seus filhos?! Obviamente que não. Que bonito sarilho seria esse! Sei que  poderão ser muitas as vezes que a desilusão fala mais alto e atinge-as como se quebrasse um vidro, mas a nível geral acredito que lá no fundo existe o amor pelos seus filhos e, como

Veio o sol ou foi a chuva que se foi

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Excerto de "Um livro por escrever"... Permanecíamos ali imóveis, na quietude do silêncio, a ver o tempo passar, mas no interior do revestimento do meu ser, um coração bombeava ao mesmo ritmo inconstante com que os pingos da chuva caiam à nossa volta, atingindo ferozmente as copas das árvores, as suas folhas, os seus galhos, acabando por abafarem o seu som no embate contra o solo, fazendo com que dali não pudéssemos sair. Mas eventualmente acabamos por sair e a única coisa que não saiu, foi esse momento que se esconde na minha memória e que, de vez em quando, explode na superfície como se fosse a bolha de um caldo que se revolve no interior de um caldeirão. Envolve-se em si mesmo, viajando dentro de si, como se procurasse alguma coisa que sabe que existe em si, e depois no cansaço da sua busca, vem à superfície para recuperar o fôlego e volta a mergulhar novamente, repetindo a sua missão até que algum outro factor a interrompa. Nos dias de hoje, procuro nos rostos das pess

Aqui tem, Menino!

Pois, parece que afinal ainda sou um menino. Mas isso é mau ou é bom? Preferes ser um adulto ou um menino? O que é isso de nos tratarem por menino, ou sermos um menino quando já não se é suposto ser um?! Talvez seja uma forma gentil de tratar as outras pessoas que achamos simpáticas... Será acreditar na inocência da pessoa tratada por menino? Talvez não queira dizer nada, simplesmente nada. Mas há dias em que a maneira como interagimos com algumas pessoas, nos deixa a pensar em várias coisas. Esse exemplo do menino, e também quando alguém que nem conhecemos, mas que ao passar por nós, nos dá um "bom dia", faz-me acreditar que há uma réstia de esperança no que respeita ao sentimento de solidão, isolamento, individualismo e egocentrismo que a sociedade acaba por demonstrar. By the way, essa história do menino vem na sequência do atendimento numa loja, mais precisamente num café, por uma jovem que acredito ter mais ou menos a minha idade (como não se pergunta a idade a uma senh