Dias Cheios de Nada

Os dias cheios de nada são dias em que por mais coisas que façamos, acabamos sempre por preencher o tempo com pensamentos de tarefas incompletas, um pouco como a história do copo meio cheio meio vazio. Se por um lado podíamos ficar satisfeitos por já ter metade do copo cheio, por outro lado ficaríamos frustrados devido ao facto de o copo ainda estar meio vazio. É o choque entre o estar ocupado com muito e em simultâneo chegar à conclusão de que nada ocupou o tempo que não foi marcado com nada, uma colisão que pode causar estragos. É necessário olhar com atenção e saber fintar os pensamentos desse género porque podem ser como uma gota de tinta da china quando cai em cima de uma folha de papel. Mesmo sendo dias manchados, são como dias que não existiram.

Isso por aqui tem estado um pouco deserto, se faz frio ou faz calor isso não sei porque está tudo na mesma, nada muda, não há ninguém para dizer como estão as coisas e se não há ninguém é exactamente por não haver nada, um lugar ermo. É preciso não deixar a chama morrer e esvaziar-se no nada, uma vez que ela apareceu, há que tentar manter o seu calor e fazê-la crescer, fazer dela a nossa companhia quando for necessário, nem que seja apenas para lhe dar um pouco de calor.

E porque por vezes apetece-nos dizer certas coisas, não aos nossos amigos ou a quem nos é mais próximo e marque a diferença, mas a alguém, fica aqui este video dos "The Notwist".

Comentários

  1. Gostei muito “Dias cheios de nada” porque há dias mesmo assim.

    Tenho dias que estão tão cheios de nada, que textos como os teus fazem-me querer pegar no título do teu texto e escrever algo, mas porque hoje é mais um dia vazio de tudo e mais alguma coisa, terei que guardar para outro dia, já agora espero ter a tua autorização…mas o mais provável é que as ideias fiquei tão ressequidas no vazio do tudo…E já agora uma boa música acompanha sempre certas palavras :- ) Gostei!

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