Vejo Um Rio
Parece que estou sossegando
[ou talvez esteja inquieto no desassossego do não saber]
Starei talvez para morrer
[mas não me parece].
Há um cansaço novo e brando
[que mesmo assim me deixa de rastos na lassidão]
De tudo quanto quis querer
[mesmo sem saber o que queria querer].
[Mas haverá o dia que poderei dizer]
Há uma surpresa de me achar
Tão conformado com sentir.
Súbito vejo um rio
Entre arvoredo a luzir
[e nele encontro o meu caminho na serenidade do sossego do silêncio do som da natureza que me rodeia].
Fernando Pessoa (17-03-1929) - texto a preto
[ou talvez esteja inquieto no desassossego do não saber]
Starei talvez para morrer
[mas não me parece].
Há um cansaço novo e brando
[que mesmo assim me deixa de rastos na lassidão]
De tudo quanto quis querer
[mesmo sem saber o que queria querer].
[Mas haverá o dia que poderei dizer]
Há uma surpresa de me achar
Tão conformado com sentir.
Súbito vejo um rio
Entre arvoredo a luzir
[e nele encontro o meu caminho na serenidade do sossego do silêncio do som da natureza que me rodeia].
Fernando Pessoa (17-03-1929) - texto a preto
fernando pessoa será sempre fernando pessoa ;)bigada por este belo poema
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