Invisibilidade aos olhos dos outros
Se há coisas que me irritam, ou melhor, que me deixam de certa forma apreensivo ou desiludido, é quando alguém que, apesar de já não nos vermos ou convivermos há relativamente bastante tempo, passa por nós e finge que não nos conhece.
Não seria minha intenção parar a pessoa em questão e fazer um interrogatório para saber a vida dela do dia x até à actualidade, mas um simples aceno ou um cumprimento (aquela pergunta que é pergunta mas no fundo serve quase exclusivamente de cumprimento "do género: Olá, tudo bem?") seria sempre mais bem vindo.
Tratando-se de uma pessoa com quem poucas vezes tivemos oportunidade de falar ou de nos cruzar, até se entende que essa pessoa fique na dúvida se há de nos cumprimentar ao cruzar-se connosco na rua, mas sendo alguém que se conhece (ou conhecia) mais do que isso, não é agradável. Não foi coisa que me ocupasse a mente por muito tempo, mas por acaso lembrei-me novamente da situação. Penso que se me acontecesse o mesmo com outras pessoas, iria-me sentir muito pior.
Por outro lado tento compreender que há alturas em que se calhar não estamos muito virados para ter que estar a falar com pessoas que já não nos dizem nada ou quase nada, e creio que para aquela pessoa eu devo ser uma coisa do género...uma pessoa como tantas outras que passam na rua e que são vistas como peões ou cidadãos da sociedade, que servem para dar a ilusão de ruas movimentadas.
Não seria minha intenção parar a pessoa em questão e fazer um interrogatório para saber a vida dela do dia x até à actualidade, mas um simples aceno ou um cumprimento (aquela pergunta que é pergunta mas no fundo serve quase exclusivamente de cumprimento "do género: Olá, tudo bem?") seria sempre mais bem vindo.
Tratando-se de uma pessoa com quem poucas vezes tivemos oportunidade de falar ou de nos cruzar, até se entende que essa pessoa fique na dúvida se há de nos cumprimentar ao cruzar-se connosco na rua, mas sendo alguém que se conhece (ou conhecia) mais do que isso, não é agradável. Não foi coisa que me ocupasse a mente por muito tempo, mas por acaso lembrei-me novamente da situação. Penso que se me acontecesse o mesmo com outras pessoas, iria-me sentir muito pior.
Por outro lado tento compreender que há alturas em que se calhar não estamos muito virados para ter que estar a falar com pessoas que já não nos dizem nada ou quase nada, e creio que para aquela pessoa eu devo ser uma coisa do género...uma pessoa como tantas outras que passam na rua e que são vistas como peões ou cidadãos da sociedade, que servem para dar a ilusão de ruas movimentadas.
As pessoas são conseguem ser autênticos bichos do mato, e quando nos fazem, pensamos que o melhor é também passar a fazer o mesmo. Mas fica mal.
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