Volcano


Um estado latente de determinadas situações que se podem dar por adormecidas (ou como se costuma dizer, em banho-maria ou em águas de bacalhau), para mais tarde darem de si, e virem ao de cima com toda a sua pujança. É uma dualidade intermitente, pois ora tanto nos aclama como nos aflige e é como se tivéssemos um interruptor conectado à memória que por momentos desliga o fúsivel que nos liga directamente às memórias relacionadas com determinados problemas e durante essa fase OFF conseguimos sentir alguma abstracção e estar longe dos inconvenientes, estar longe do manto de lava que vai fervendo lentamente, escondido no interior da terra como se nem existisse. Está lá e não está. Contudo, é sem mais nem menos [regra geral] que algo activa novamente o tal interruptor colocando-o na posição ON, fazendo como que o vulcão, como por magia, se transformasse numa estrutura translúcida, desde a sua câmara magmática até à sua cratera, permitindo vermos o magma  com vontade de se transformar em lava, causando em nós uma sensação de desconforto, uma inquietude que não é nem mais nem menos do que uma preocupação constante, um aviso, um alerta que, em vez de nos deixar preparados para o que possa vir, deixa-nos com mais dúvidas e preocupações porque sabemos que o vulcão pode entrar em erupção e quando isso acontecer será um período atribulado e difícil, pois mesmo que a lava arrefeça e se transforme, nada será como antes, as consequências serão visíveis.  

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