Re-vivências
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É uma espécie de revolta que visa visitar certas memórias e revivê-las de forma diferente, como se eu pudesse viajar no tempo e estar presente novamente naqueles momentos e neles fazer coisas que não fiz, dizer coisas que não disse, ser quem não fui. Mas já sabemos que isso é assim, é sempre mais fácil falar do que partir para a acção, e mais fácil ainda, é falar das coisas depois de elas acontecerem. Revivo aqueles momentos com a força da realidade que compõe o ar que respiro nesse momento, sendo quase possível substituir as vivências reais por essas vivências imaginárias e fundamentadas em objectos do imaginário e ilusório. Sei que isso seria um erro porque viver memórias é algo que se faz na companhia de mais ninguém e expor a quem me rodeia um estado de espírito proveniente da dessas reminiscências pode parecer no mínimo estranho ou constrangedor para ambas as partes.
É como estar à procura de respostas num imenso mar sem água, sem fundo e sem reflexo, por onde vagueia ao acaso, distorcendo vontades e objectivos.
Re-vivências também fazem parte das coisas que tornam interessantes, ou não (depende da situação) a nossa vida.
ResponderEliminar"É como estar à procura de respostas num imenso mar sem água, sem fundo e sem reflexo, por onde vagueia ao acaso, distorcendo vontades e objectivos." Acredita que nem sempre esse mar está vazio de água...
Sabes o que é estranho e escrevo isto aqui porque de certa forma é uma re-vivência num outro patamar. Nunca liguei à música "Black horse and the cherry tree) e agora não me canso de a ouvir e até me parece novinha em folha...estava distraido, e por mais que tentar re-viver a época em que essa música apareceu, acho que deu-me uma branca, e nesse caso o tal mar está mesmo vazio...
*Hugs n' smiles*
Carlos