Inconsciente


Quer queiramos quer não, o nosso inconsciente é livre de fazer o que lhe apetecer. Apesar de ser como uma espécie de animal de estimação, no sentido de sermos nós quem o alimenta e protege (quer nos apercebamos disso quer não), ele acaba por ter o seu quê de bravio, o seu lado rebelde, fazendo o que lhe dá na gana. Os sonhos são obviamente a forma mais comum de presenciarmos o que se passa no nosso inconsciente brindando-nos com as mais estapafúrdias versões de acontecimentos ou situações que têm, na sua maioria, origem no mundo real. Basta por vezes um olhar, um pensamento fugaz, uma observação, uma conclusão acerca de algo, um pedaço de informação que nos transmitem ou até mesmo um gesto involuntário, e já está, já angariamos matéria-prima para produzir sonhos (bons ou maus). O cérebro (o nosso inconsciente) encarrega-se do resto.
Se é bom ou mau sonhar, quer se goste ou não ou se isso é maus para a saúde ou não, isso já depende de cada pessoa e do tipo de sonhos que cada um tem e da interpretação que faz dos seus próprios sonhos (algo que obviamente não faz parte do objectivo deste meu texto ... não venho aqui tentar descobrir a lógica ou a razão deles).
Não sei se muita gente faz isso, mas muitas vezes, a primeira coisa que se faz ao acordar de manhã, ou quando se acorda após um sonho a meio da noite, é pensar ou tentar relembrar o que se passou no outro mundo, no outro mundo que Murakami descreveria (num dos seus livros, não em todos) como uma cidade fortificada onde existem unicórnios (um pouco diferentes dos habituais) e as sombras não são apenas sombras, são seres que praticamente têm alma própria. É muitas vezes uma experiência que consegue ser agradável, no entanto, outras vezes deixa-nos com um sentimento de melancolia terrível equivalente à dor da saudade!
No seguimento deste texto é possível que passe a deixar aqui versões de vivências do mundo dos unicórnios, embora na minha versão, eles não existam. Pelo menos até ao momento não.

Comentários

  1. Espero não ter lido um spoiler por causa de teres referido os livros do Murakami. Os meus sonhos neste momento precisam de pelo menos uma manada de unicórnios para os tornar ainda mais irreais.

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  2. Não é um spoiler, pode até servir como um teaser, pois o que disse acerca de Murakami nesse post não revela nada de concreto acerca do que se passa no livro em questão :-).

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