Para onde vão
Já cá não estão e por causa disso pergunto-me ou alguém pergunta; pois ultimamente escrever na primeira pessoa do singular dá direito a criticas, que infelizmente de construtivas não têm nada, como se elas tivessem voltado aos tempos em que o melhor era aprisionar as palavras para não sermos nós a ser presos; para onde terão ido?!
As Palavras!
Aquelas que sairam para ir dar uma volta e que não encontraram destino porque quando sairam não pensaram para onde iam, deixaram-se levar pela simples euforia da vontade de sair...
Aquelas que sairam para ir a algum sítio mas que quando chegaram ao local onde queriam ir depararam-se com uma realidade que não era aquela que alimentava as suas motivações, não era ali que deviam estar e por se sentirem de tal forma desoladas desapareciam como uma nuvem de pó, que às vezes pode permanecer algum tempo no ar dependendo do baile de palavras, pois se a dança for mais agitada a núvem de pó desincorpora-se.
Aquelas que estavam sem saber se ponham os pés no lado de fora da porta e que se deixavam ficar sempre cá dentro. Também se tornaram inúteis por não cumprirem os prazos de validade e devido a isso nunca se chegará a saber se deviam ter ficado em casa ou saído por uma das portas ou janelas.
Aquelas que felizmente cumpriram todos os seus objectivos os ou grande parte deles, tendo partido nas suas missões e regressado com uma medalha de reconhecimento ou então ficaram lá e no seu lugar vieram outras iguais ou melhores ou então diferentes mas que eram exactamente as que deviam ter vindo para trás. Essas, as que foram e lá ficaram, são as que nos constroiem lá e nos deixam ficar no destino a que se lançaram e a sua tarefa é tratar de nós enquanto lá estamos. É preciso não esquecer que de vez em quando é necessário enviar reforços (e não...não foram para a guerra nem nada do género) para o caso de algumas que lá estavam envelhecerem ou então quando não conseguem um lugar na caixinha da memória.
Aquelas que não me surgem agora e que me fazem ficar por aqui...
As Palavras!
Aquelas que sairam para ir dar uma volta e que não encontraram destino porque quando sairam não pensaram para onde iam, deixaram-se levar pela simples euforia da vontade de sair...
Aquelas que sairam para ir a algum sítio mas que quando chegaram ao local onde queriam ir depararam-se com uma realidade que não era aquela que alimentava as suas motivações, não era ali que deviam estar e por se sentirem de tal forma desoladas desapareciam como uma nuvem de pó, que às vezes pode permanecer algum tempo no ar dependendo do baile de palavras, pois se a dança for mais agitada a núvem de pó desincorpora-se.
Aquelas que estavam sem saber se ponham os pés no lado de fora da porta e que se deixavam ficar sempre cá dentro. Também se tornaram inúteis por não cumprirem os prazos de validade e devido a isso nunca se chegará a saber se deviam ter ficado em casa ou saído por uma das portas ou janelas.
Aquelas que felizmente cumpriram todos os seus objectivos os ou grande parte deles, tendo partido nas suas missões e regressado com uma medalha de reconhecimento ou então ficaram lá e no seu lugar vieram outras iguais ou melhores ou então diferentes mas que eram exactamente as que deviam ter vindo para trás. Essas, as que foram e lá ficaram, são as que nos constroiem lá e nos deixam ficar no destino a que se lançaram e a sua tarefa é tratar de nós enquanto lá estamos. É preciso não esquecer que de vez em quando é necessário enviar reforços (e não...não foram para a guerra nem nada do género) para o caso de algumas que lá estavam envelhecerem ou então quando não conseguem um lugar na caixinha da memória.
Aquelas que não me surgem agora e que me fazem ficar por aqui...
Como o teu desenho diz há palavras que carregamos dia após dia, num enorme saco com uma fita vermelha a tentar esbarrar a porta de saída a elas. Mas como tudo na vida há os acidentes, e um rasgão nesse nosso saco acaba por deixar fugir as palavras mais sorrateiras, sábias e manhosas, mas mesmo assim se não formos nós a dar o devido valor a elas, ninguém fará isso por nós!
ResponderEliminarAs palavras...parte delas (falo das minhas) estão escondidas num baú das memórias, outras vagueiam num blog porque há sempre uma razão para se escrever e as restantes são libertadas da sua prisão no dia-a-dia, porque se não fossem elas eu é que não sei aonde estaria neste momento!