Confrontos
E uma nuvem desceu e deixou-se ficar sobre o boneco de plasticina enquanto esse deambulava na liberdade fechada das suas direcções após um tiro saído do olhar afastado por uma rajada de vento que lhe deu nova rota como se o comandante tomasse controle do leme do navio e o movimentasse a toda a velocidade para estibordo. No entanto a tripulação daquele navio manteve-se calma e todos ficaram nas suas posições estáticas parecendo não sentirem todo o impacto da batalha camuflada que decorria no exterior do navio naquele momento. No entanto foi o boneco de plasticina que foi atingido com o impacto dessa batalha e mesmo tentando manter-se em pé e em movimento na sua deambulação, no seu interior reinava um enorme silêncio em que ele estava petrificado, estático e com um ar enigmático e incrédulo, de tal maneira que se podia juntar ao "Moais" e ficar ali com eles à espera de respostas e mais alguma força para sair ileso daquela batalha que o apanhara desprevenido, desarmado.
Entretanto o chefe de todos nós passou (o tempo) e os sinais daquela batalha foram-se desvanecendo e o boneco de plasticina continuou a seguir em frente atrás do seu escudo e na companhia da sua espada tentando estar preparado para quando surgir algum confronto.
Não somos todos de vez em quando bonecos de plasticina? E não estamos todos no mesmo barco? Sim!!! Os confrontos que temos não não devem moldar mas nos aperfeiçoar e por isso depois de uma longa batalha, podemos ficar feridos mas e o resto não conta? E o nosso interior?
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