18.14 - Ingenuidade


Podemos tentar ser o mais astutos possível, ou desconfiados (se quisermos usar uma palavra mais directa) mas por vezes a nossa ingenuidade, aliada às circunstâncias (que podem ser as mais diversas) consegue levar a sua avante e depois deixa-nos à deriva para lidar com uma espécie de agravamento das circunstâncias iniciais.
Para tentar ser mais específico, coisa que, para quem conhece minimamente este blogue, não costuma acontecer por estas bandas, posso dizer que a ingenuidade a que me refiro tem a ver com o facto de pensarmos que pessoas desconhecidas, e eventualmente anónimas, podem ser a solução para algum  (ou alguns) problema nosso. Sentimos a necessidade de querer acreditar, de querer confiar e na sequência disso vamos-nos distanciando da realidade, vamos-nos deixando envolver pelas emoções e assim rejeitando cada vez mais a razão. É como se estivéssemos a presenciar (e participar), e a acreditar, num número de ilusionismo já treinado e dominado pelo ilusionista.
É bom que se tenha o discernimento de acordar para a realidade antes que seja tarde de mais, pois há pessoas que não têm essa capacidade e em virtude disso podem ver-se em maus lençóis e darem passos sem possibilidade de retrocesso.
Não digo ou afirmo que não exista a possibilidade de encontrarmos pessoas boas, que não conhecemos e que não se abrem para nós como se de um livro se tratasse, mas há que ter cuidado com quem se lida, pois se aqueles que conhecemos, e que pensamos conhecer minimamente bem, conseguem desiludir-nos, imaginem os outros!

E sobretudo pensem sempre no lema, SE FOR BOM DEMAIS PARA SER VERDADE, ENTÃO É PORQUE NÃO É VERDADE! 

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