17.21 - Últimas reminiscências



Nesse momento revejo as últimas reminiscências de um tempo restrito, já devorado por si próprio, que embora pareça ter sido curto e de certa forma ignorado, repercute-se de forma intensa por partes de um ser que vive mais aquilo que imagina do que a sua própria existência. Esse ser que vive temporariamente nessa realidade imaginada, dotada de ideias sem raízes, ideias que desvanecem em si próprias porque são ideias isoladas, que não têm alimento que lhes permita padecer. Esse Ser que espera que essas últimas reminiscências tenham a chave para fechar a cadeado desse mundo paralelo, fazendo com que a tristeza que tende em ser teimosa, querendo quebrar barreiras e distorcer a realidade, fique do lado de lá.
Sei, ou quero pensar que sei, que ficarás nesse paralelismo, mas como na realidade não existes, quer dizer que não ficarás em parte nenhuma. É uma boa conclusão, embora não perceba é porque motivo a alma se sente sobrecarregada de uma mágoa e frustração, semelhante a sentimento de arrependimento, tornando-a dolorosamente pesada.

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