17.15 - Esse estado de espírito

Conheço e reconheço esse estado de espírito. 
Reconheço e ... não gosto.
Não gosto dessa quase incapacidade de ser capaz de não sentir o que se sente. Que se sente quase de forma involuntária, como algo que é alheio às nossas decisões, à nossa capacidade de escolha objectiva dentro da sua própria subjectividade.
Um sentimento que resulta numa forma de desprezo, unilateral, sentido e quase vivido mesmo que não se trate de algo real, mesmo que se tarte de algo criado apenas nas ideias ou pensamentos autónomos em momentos de distracção imaginativa. Esses contornos de tristeza são um incómodo, sendo eles limitadores das percepções do aqui e do agora, atribuindo culpas a quem não as tem, atribuindo memórias a vivências que não existiram, criando sentimentos contraditórios num vasto universo de nada, universo sem caminhos por onde se possa trilhar. Resta que as águas do tempo vaiam e venham e com esse ir e voltar, vaia levando aos poucos esse espécie de sujidade da alma, até que ela fique mais tranquila.

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