O teu presente, o teu passado e o teu olhar

O teu presente... não o conheço. Posso pensar que sim, mas na realidade apenas conheço, ou sei, aquilo que os olhos vêem e o que o coração sente. 

O teu passado... conheço menos ainda, pois não faço a mínima ideia quais poderão ter sido a peripécias de uma vida que presentemente parece que se encontra numa corda bamba que, ora balança para um lado, ora balança para o outro, correndo o risco de se tornar um tracejado que termina sem nunca se tornar numa linha contínua. É com pena, com pesar, que vejo o divagar da tua pessoa que caminha sem destino, como se os comandos estivessem a cargo de um piloto automático inconsciente, não programado para retomar o rumo certo quando a vadiagem da vida soma pontos consecutivamente. 

Não sei se algum dia terás a força necessária para saltar as barreiras que há muito já deves ter aprendido a ignorar mesmo sabendo que o chão que pisas parece andar para trás levando-te com ele, não te deixando seguir em frente mesmo que permaneças sem movimento, sem teres propriedade dos teus próprios passos. É com tristeza que vejo o teu olhar perdido algures, olhar esse dissociado da tua pessoa, dissociado do mundo que te rodeia.


Comentários

  1. Não sei o que está por detrás das tuas palavras, mas quando estava a ler, notei um certo desalento em relação a alguém. Estou certo? Talvez o que tu estejas a ver é a tua "visão" da vida, talvez o tal olhar não esteja perdido.

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