Hoje e amanhã

Cada um usa a sua sorte ou o seu destino conforme pode e acha que deve, e, seguindo por esse prisma, cada qual supostamente é responsável pelas decisões e opções até então. 
Assim surge a questão ... até que ponto podemos justificar-nos (a nós próprios e aos demais) que as más escolhas que fizemos não são culpa nossa, ou que as escolhas certas são fruto do nosso mérito?! Chego obviamente à conclusão que as coisas não se resumem a algo tão simples como um sim ou um não, a resposta é bem mais complexa, pois a vida não é pintada a preto e branco, está repleta de cores, tonalidades e diversas nuances que diferem de dia para dia, de pessoa para pessoa, de situação para situação.

Se hoje és tu que precisas de ajuda, amanhã poderei ser eu a precisar da tua ajuda ou da ajuda de alguém, de alguma outra pessoa. Há que tentar deixar que o bom senso nos guie e que sejamos capazes de tirar partido da capacidade de ajudar o próximo sem que isso seja resultado de uma equação de interesses. 
Por vezes ter a possibilidade de ajudar e mesmo assim negar essa ajuda devido a algum receio (justificado) é suficiente para acender um rastilho que lança no interior uma dor feroz e silenciosa que nos revolve e nos deixa envolvidos num nevoeiro denso. É uma espécie de luta que se trava contra a consciência, não que se trate de egoísmo, mas antes talvez de uma questão de ter coragem para prestar outro tipo de ajuda ... algum tipo de ajuda que pudesse ser mais eficaz a longo prazo e não apenas na perspectiva do desenrasca. Infelizmente há decisões que são tomadas de forma relativamente espontânea devido a circunstâncias do momento, e esse é um dos motivos que se nos apresenta como um convite para entrar no ringue e travar mais um combate.



Comentários

  1. O tal ringue de que falas chama-nos mesmo sem querermos lá entrar e travar mais um combate. Quando nascemos, o ringue vem atrelado ao que se chama de vida.

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