Sonhar para viver
Num sonho, fecho os olhos e olho para as estrelas como se estivessem mesmo ali, na almofada, e vejo que nelas correm rios ofegantes que desaguam no infinito e que eventualmente deixarão de existir, desistindo ao longe no seu toque silencioso, delicado e quase inexistente. Extinguem-se no adormecer cansado e rendido a mais um dia que culmina num furacão de sentimentos vindos do nada, como o metro que passa na estação, aparece e desaparece, traz um sinal de luz e ao mesmo tempo leva-a consigo, deixando apenas a escuridão, o vazio. A fadiga de mais uma batalha sem repostas, armaduras quebradas, escudos rachados, espadas perdidas. Um céu que se fecha e condensa o ar.
Pode-se dizer que se vive para sonhar ou que se sonha para viver...qualquer uma das hipóteses tem o seu quê de verdade, mas neste momento é difícil encontrar o ponto de equilíbrio entre elas e uma coisa é certa, vive-se para ver e sentir aquilo em que acreditamos, apesar de muitas vezes isso se tornar difícil tendo em conta os dias que correm.
Eu ontem falava com uma colega de trabalho que tem os seus problemas, como qualquer um de nós, e falei-lhe do equilíbrio. É importante sabermos pôr os pesos correctos na balança. Talvez aí a felicidade seja mais fácil de se manter.
ResponderEliminarAté digo mais, penso que nessa tal balança, dum lado temos o peso do "sonhar para viver" e do outro "viver para sonhar". Pode parecer que é o mesmo mas se pensarmos um pouco, as diferenças aparecem.
*Hugs n' smiles*
Carlos