2023.1 - Escolhas


 Ao longo da vida deparamo-nos com inúmeras escolhas, inúmeras situações em que temos de optar entre duas ou mais opções. 

Algumas dessas escolhas são colocadas perante nós sem que sequer tenhamos noção das mesmas. Algumas vezes, só mais tarde é que nos apercebemos que tivemos de fazer uma escolha, pois na realidade até ao momento dessa percepção ou constatação, pensávamos que estávamos simplesmente a seguir o rumo das coisas.

Contudo, existem outras escolhas que não podem ser evitadas, e sabemos que temos de tomar uma decisão perante a situação. Enfrentar as opções, tentar prever o resultado da escolha como se estivéssemos num jogo de xadrez, prever as jogadas e resultados que irão eventualmente corresponder a um futuro, almejando sempre uma possível vitória, o melhor resultado possível. Todavia, e dado que a capacidade de previsão poderá ser limitada até um certo número de jogadas possíveis, e também estar dependente de outras bifurcações que podem surgir, e ainda de condicionantes alheias a nós, torna-se difícil conseguir afirmar, ou saber, se estamos a fazer a jogada ou escolha certa. De qualquer forma, e falando da vida, não podemos abandonar o jogo.

É comum por vezes pararmos para analisar o presente e olhar para o passado, ou olhar para o presente e analisar o passado, tanto faz, e dizermos que gostaríamos de voltar atrás com a condição de podermos tirar partido daquilo que sabemos no presente. 

Mas infelizmente não é assim que funciona. 

Nesses momentos resta-nos constatar que o melhor a fazer, ou a melhor opção [mais escolhas], seja tentar verificar o que está bem e o que não está e que pode ser melhorado.  Aquilo que não estiver bem, será aquilo no qual temos de nos focar, e tentar arranjar soluções para as melhorar, podendo isso inclusive passar por empenharmo-nos um evoluir pessoalmente de forma que estejamos mais bem preparados para enfrentar os desafios que a vida nos possa oferecer ou atirar à cara! 

Não valerá a pena ficar perdido no ciclo infinito dos "ses", pois por mais que se queira, muito raramente conseguimos saber ao certo qual seria o presente se a escolha tivesse sido outra, sobretudo se essa análise de "ses" compreender um intervalo temporal demasiado longo. Podemos tentar decifrar qual teria sido o resultado de determinada escolha, ou escolhas, mas seria apenas nós a especular.

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