O DIA "S"
O post de hoje, que por razões que podem ser mais válidas que outras, tem um atraso de aproximadamente 3 meses, e é dedicado a um dia que acaba por ser como o virar de uma página, um marcador que define um antes e um depois. Não que as coisas possam mudar na sua totalidade, mas digamos que se trata de algo semelhante a um epicentro que desencadeia uma série de oscilações em diversos aspectos da vida.
É talvez um evento descrito como uma espécie de cliché porque todos nós já ouvimos alguém dizer o quão especial pode ser, mas acho que no fim de contas cada um tem direito a dar-lhe a sua devida importância e descrevê-lo conforme o entende e por isso estas minhas palavras que aqui partilho assumem essencialmente o papel de memória futura e não tanto a intenção de tornar público algo pessoal. Claro que quem tirar um pouco dos eu tempo para ler estas palavras mereço um agradecimento implícito por tal gesto.
Embora possa parecer, não quero relatar isso como uma história ou uma notícia passo a dizer...
Naquele dia, após receber a chamada telefónica que podia indicar que a aventura ia começar, comecei logo a pensar (para mais tarde comprovar) que aquele resto de dia poderia ser repleto de emoções/sentimentos, vivido com os nervos à flor da pele em grande parte das ocasiões. Assim foi ... Começando pela expectativa de pensar que o dia tinha chegado e dali em diante íamos dar os passos finais em direcção à meta, em direcção à hora em que íamos conhecer alguém muito especial e não foi preciso muito tempo até nos darem a a confirmação, a confirmação que sim, que aquele era mesmo o dia em que uma nova aventura, uma nova etapa ia começar.
Calma VS Ansiedade.
Qual o meu papel? Estar presente e ... sentir uma frustração que ia aumentando gradualmente, devido ao facto de nos sentirmos quase inúteis (o pai) perante o sofrimento de alguém que está ao nosso lado (a mãe). Atenção e apoio era talvez tudo o que estava ao meu alcance e que felizmente penso ter conseguido oferecer. Depois de ultrapassada a experiência, imaginar que passar por todo aquele processo sem a presença de alguém, é capaz de ser complicado e por isso é confortante para mim saber que estive presente e que de uma forma ou de outra a minha presença fez a diferença, até porque a certa altura foi bom eu ter estado ali naquele momento.
Com o passar do tempo a Calma foi perdendo a luta contra a Ansiedade que, por sua vez depois pediu algum auxilio ao receio/medo.
As coisas estavam a correr, de forma geral, dentro do normal e pelo que nos diziam, seria uma caminhada que podia demorar algum tempo...teríamos de esperar, ir com calma. Contudo, um pouco mais tarde a situação foi-se desenrolando com maior rapidez e já não ia faltar muito para a hora S. À medida que essa hora se ia aproximando, a passos largos, a ansiedade ia aumentando e quase de um momento para o outro, tudo começou a acontecer muito depressa, mais depressa do que se previa e assim chegou o momento, que não pensávamos que era, mas afinal era. Naqueles momentos eu gostava de me ter conseguido multiplicar, para poder estar em todos os ângulos a ver e a ajudar, a viver o momento. Como não temos essa capacidade, assumi a minha condição de humano e assisti, presenciei e vivi o momento da melhor forma que consegui ...na altura. Devo dizer que foi um momento único, e quando vi aquele nosso fruto, aquela pessoa especial cá fora, não consegui conter as emoções e não sabia se havia de rir ou se havia de chorar e acabou sendo uma mistura das duas coisas em simultâneo, pois a alegria e a percepção da intensidade daquele momento assim determinaram. Sentei-me uns segundos porque parecia que as pernas tinham perdido toda a sua força, mas quase logo de seguida já tive que me levantar porque estar sentado era ainda pior. E então ficamos os três juntos, abraçados, a agradecer aquele momento.
No êxtase daquela hora, soube bem deixarem-nos uns minutos a sós, no silêncio, a olharmos para aquele bebé no colo, ainda sem acreditar, sem parecer que era verdade, seguindo a alegria e vontade de querer dar a notícia aos familiares e amigos mais próximos. Aquela seria uma noite para quase não conseguir dormir. É óbvio que não se pode comparar, mas sabem quando somos crianças, mesmo crianças, e mal conseguimos dormir depois da noite de Natal porque queremos estar com o ou os brinquedos que recebemos, ora aí está algo semelhante ao não conseguir dormir naquela noite, só que em proporções/realidades diferentes. O cansaço haveria de se acumular, e deixaríamos a tentativa de descansar para depois. Não era importante no momento.
Naquele dia e nos seguintes vamos aos poucos tendo noção (como costumam dizer ... vai caindo a ficha) que iniciamos uma nova fase das nossas vidas, sem possibilidade de retrocesso, pois as responsabilidades multiplicam-se e as prioridades alteram-se quase completamente. Esta nova fase é marcada por muitas expectativas, mas também por muitos receios, muitas interrogações e uma transformação na nossa maneira de ver as coisas e na nossa forma de encarar as coisas. Não iniciamos uma viagem para ser feita num mar de rosas, sabemos isso, mas resta-nos agora a esperança e a capacidade de encarar o futuro com optimismo, mesmo com receio e vendo que o futuro é incerto como o tempo dos Açores (que para quem não sabe...nem sempre está mau ou a chover!). Esperemos ter a possibilidade de viver muitos momento de alegria, que seja possível alcançarmos metas que por ventura possamos traçar e que tenhamos a capacidade de ultrapassar os obstáculos (que certamente não serão poucos) que venham ao nosso encontro.
É talvez um evento descrito como uma espécie de cliché porque todos nós já ouvimos alguém dizer o quão especial pode ser, mas acho que no fim de contas cada um tem direito a dar-lhe a sua devida importância e descrevê-lo conforme o entende e por isso estas minhas palavras que aqui partilho assumem essencialmente o papel de memória futura e não tanto a intenção de tornar público algo pessoal. Claro que quem tirar um pouco dos eu tempo para ler estas palavras mereço um agradecimento implícito por tal gesto.
Embora possa parecer, não quero relatar isso como uma história ou uma notícia passo a dizer...
Naquele dia, após receber a chamada telefónica que podia indicar que a aventura ia começar, comecei logo a pensar (para mais tarde comprovar) que aquele resto de dia poderia ser repleto de emoções/sentimentos, vivido com os nervos à flor da pele em grande parte das ocasiões. Assim foi ... Começando pela expectativa de pensar que o dia tinha chegado e dali em diante íamos dar os passos finais em direcção à meta, em direcção à hora em que íamos conhecer alguém muito especial e não foi preciso muito tempo até nos darem a a confirmação, a confirmação que sim, que aquele era mesmo o dia em que uma nova aventura, uma nova etapa ia começar.
Calma VS Ansiedade.
Qual o meu papel? Estar presente e ... sentir uma frustração que ia aumentando gradualmente, devido ao facto de nos sentirmos quase inúteis (o pai) perante o sofrimento de alguém que está ao nosso lado (a mãe). Atenção e apoio era talvez tudo o que estava ao meu alcance e que felizmente penso ter conseguido oferecer. Depois de ultrapassada a experiência, imaginar que passar por todo aquele processo sem a presença de alguém, é capaz de ser complicado e por isso é confortante para mim saber que estive presente e que de uma forma ou de outra a minha presença fez a diferença, até porque a certa altura foi bom eu ter estado ali naquele momento.
Com o passar do tempo a Calma foi perdendo a luta contra a Ansiedade que, por sua vez depois pediu algum auxilio ao receio/medo.
As coisas estavam a correr, de forma geral, dentro do normal e pelo que nos diziam, seria uma caminhada que podia demorar algum tempo...teríamos de esperar, ir com calma. Contudo, um pouco mais tarde a situação foi-se desenrolando com maior rapidez e já não ia faltar muito para a hora S. À medida que essa hora se ia aproximando, a passos largos, a ansiedade ia aumentando e quase de um momento para o outro, tudo começou a acontecer muito depressa, mais depressa do que se previa e assim chegou o momento, que não pensávamos que era, mas afinal era. Naqueles momentos eu gostava de me ter conseguido multiplicar, para poder estar em todos os ângulos a ver e a ajudar, a viver o momento. Como não temos essa capacidade, assumi a minha condição de humano e assisti, presenciei e vivi o momento da melhor forma que consegui ...na altura. Devo dizer que foi um momento único, e quando vi aquele nosso fruto, aquela pessoa especial cá fora, não consegui conter as emoções e não sabia se havia de rir ou se havia de chorar e acabou sendo uma mistura das duas coisas em simultâneo, pois a alegria e a percepção da intensidade daquele momento assim determinaram. Sentei-me uns segundos porque parecia que as pernas tinham perdido toda a sua força, mas quase logo de seguida já tive que me levantar porque estar sentado era ainda pior. E então ficamos os três juntos, abraçados, a agradecer aquele momento.
No êxtase daquela hora, soube bem deixarem-nos uns minutos a sós, no silêncio, a olharmos para aquele bebé no colo, ainda sem acreditar, sem parecer que era verdade, seguindo a alegria e vontade de querer dar a notícia aos familiares e amigos mais próximos. Aquela seria uma noite para quase não conseguir dormir. É óbvio que não se pode comparar, mas sabem quando somos crianças, mesmo crianças, e mal conseguimos dormir depois da noite de Natal porque queremos estar com o ou os brinquedos que recebemos, ora aí está algo semelhante ao não conseguir dormir naquela noite, só que em proporções/realidades diferentes. O cansaço haveria de se acumular, e deixaríamos a tentativa de descansar para depois. Não era importante no momento.
Naquele dia e nos seguintes vamos aos poucos tendo noção (como costumam dizer ... vai caindo a ficha) que iniciamos uma nova fase das nossas vidas, sem possibilidade de retrocesso, pois as responsabilidades multiplicam-se e as prioridades alteram-se quase completamente. Esta nova fase é marcada por muitas expectativas, mas também por muitos receios, muitas interrogações e uma transformação na nossa maneira de ver as coisas e na nossa forma de encarar as coisas. Não iniciamos uma viagem para ser feita num mar de rosas, sabemos isso, mas resta-nos agora a esperança e a capacidade de encarar o futuro com optimismo, mesmo com receio e vendo que o futuro é incerto como o tempo dos Açores (que para quem não sabe...nem sempre está mau ou a chover!). Esperemos ter a possibilidade de viver muitos momento de alegria, que seja possível alcançarmos metas que por ventura possamos traçar e que tenhamos a capacidade de ultrapassar os obstáculos (que certamente não serão poucos) que venham ao nosso encontro.
Este teu texto diz tanto de ti, e do momento especial que o momento "S" e que esse momento continue a multiplicar-se por outros :-) e que te façam sorrir cada vez mais!
ResponderEliminarObrigado Carlos. 😊
EliminarWoow! O teu natal chegou mais cedo. P A R A B É N S! :) :) :)
ResponderEliminarUm FELIZ NATAL :)
Sim, é um presente para toda a vida 😊. Obrigado Daniel. Feliz Natal para ti também e família.
ResponderEliminar:) E agora um Feliz Ano Novo com o teu novo menino Jesus :)
ResponderEliminarForte abraço