Dominó
Debato-me contra mim próprio em momentos que não sei definir e que são resultantes de acções que não consigo recordar, mas que consigo imaginar com base não sei em quê. Tudo na tentativa de alcançar metas que nem ponto de partida tiveram, e isso, porque talvez afinal não sejam metas e não passem apenas de pequenas luzes intermitentes que nem sequer têm energia suficiente para marcarem presença no meio de qualquer escuridão, seja ela a da lua ou a de outra natureza. Esses são dias do avesso, dias em que se acorda e passa-se o dia a dormir, a ficar cansado de estar sentado, cansado de desperdiçar tempo porque tudo o que se faz é rigorosamente nada. Nada que no dia de amanhã se possa ver, ouvir, enfim, sentir ou recordar...
Mas, por mais iguais que os dias pareçam, eles têm sempre pequenas diferenças que podem ser tão determinantes como o acender de um fósforo...e o que chamamos a isso? O início de algo ou o fim de algo? Como é óbvio, nem sempre está em nós dar vida a essas diferenças no mundo físico [e às vezes nem precisam de ganhar vida nesse campo] porque as acções de quem está próximo de nós são suficientes para mexer connosco, de forma positiva ou negativa. Como se estivessemos numa enorme fila de dominó à espera de um sinal, de um toque, para nos movermos e dar seguimento a algo.
A indefinição do sentir...
ResponderEliminarA sensação de que tudo se repete, gerando aquela ansiedade, aquela espera por algo de diferente.
Um abraço