Na imensidão

Na imensidão deste mar, dou-me conta que não passo de uma simples gota que existe algures entre o ser e o não ser, entre o estar e o não estar. Um mar tão vasto, onde os seus limites me ultrapassam por completo e a sua infinidade desperta em mim perplexidade e espanto. Um mar que não pára e que não deixa parar, um mar que seria impossível de partilhar a sua existência com os vidros de um aquário, com os confins de um espaço fechado onde o tempo já teria morrido e o ar já teria desaparecido.

Mas porque nem todos os dias nos sentimos da mesma maneira e também porque não há dias iguais (por mais parecidos que sejam), há aqueles dias em que, mesmo sabendo que não passamos de uma gota, não nos importamos com isso, e chegamos mesmo a pensar que um oceano sem essa gota, não seria o mesmo oceano. Não seria o mesmo oceano porque há outras gotas por aí espalhadas que se unem e conseguem criar um pequeno oceano.

As marés levam-nos e trazem-nos, as marés juntam-nos e separam-nos, as marés elevam-nos e rebaixam-nos, e o que temos de aprender é a saber lidar com todos esses momentos que surgem inesperados como uma onda que aparece de surpresa atrás de nós e deixa a dúvida se a solução será fugir dela [da onda] ou correr para ela!

Comentários

  1. O meu blog fala dum limite do oceano, do meu, mas a imensidão dele é tão grande quanto a imaginação e quando dizes que as marés dançam, é porque os dias que temos são consoante o soprar do vento e nem sempre a meteorologia acerta no que o dia que vem a seguir…

    Correr ou fugir, ir ao encontro de algo ou apenas evitar são dúvidas que fazem das questões mais simples dilemas que o tempo ajuda-nos a responder...

    *Hugs n' smiles*
    Carlos

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