Este é o espaço fisicamente virtual onde por vezes deixo algumas conversas que tenho comigo, conversas que tenho com outras pessoas e eventualmente com ninguém. Por isso não esperem encontrar muitos diálogos propriamente ditos (ou escritos), mas essencialmente divagações ... através das quais partilho o que sinto e o que penso e o que me inquieta.
2020.7 - Lost a Friend
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Corro o risco de me estar a repetir aqui no blogue com a mesma expressão: Há músicas que surgem e encaixam-se de forma perfeita em determinados momentos da nossa vida, como se o músico que a escreveu ou compôs tivesse a capacidade de ler os nossos pensamentos ou expressar exactamente aquilo que sentimos ou pensamos. Creio que isso se deve ao facto de afinal não sermos os únicos a viver ou passar por tal experiência ou situação...e ser ao fim ao cabo uma espécie de sorte ao dar de caras com determinada música em determinado momento.
Por vezes a solidão, ou solitude, pode levar-nos a procurar estabelecer relações de amizade que, de forma errada, quase instantânea, queremos ter como garantidas, como algo real, como algo que não seja, afinal de contas, algo prematuro e ilusório, como o fumo que se evapora no ar, deixando-nos apenas com uma nova solidão, desta vez acentuada pela angústia e pela sensação de fracasso e frustração. É como se já estivéssemos presos, sozinhos, dentro de um poço e agora, para piorar as coisas, estamos lá, sozinhos e agora envoltos na escuridão. Não valerá a pena chorar essa solidão, não vaiam as lágrimas encher o poço e piorar a situação, pois nem todos teremos a habilidade de saber aproveitar a água para nadar e sair daquele poço. O sentimento de perda ou de esquecimento pode ser terrivelmente avassalador, por isso há que ter cuidado em chamar de amigo a quem na realidade ainda não chegou a esse patamar.
Dizem que a amizade é algo que não se deve agradecer, mas como poderemos não estar gratos quando, por ser algo tão raro. não o queiramos fazer?! Será porque na realidade não sabemos o que é a amizade verdadeira devido ao facto de não termos sabido cultivar a amizade?!
O tempo passa, a vida passa, a esperança vai-se desvanecendo e temos receio que assim seja, como um ciclo vicioso, de iludidas conquistas e derrotas certeiras.
[Pre-Chorus]
I know I'll be alright
But I'm not tonight
I'll be lying awake counting all the mistakes I've made
Replaying fights
I know I'll be alright
But I'm not tonight
I lost a friend
I lost a friend
[Chorus]
I lost my mind
And nobody believes me
Saying no that it don't lead me
'Cause you made a little too much money to be twenty and sad
And I'll be fine without them
But all I do is write about 'em
How the hell did I lose a friend I never had?
Never had
Olá! Este meu espaço anda meio perdido...e nem tinha reparado que havia aqui uma série de comentários a aguardar "moderação". Como se os teus comentários alguma vez pudessem ser alvo de moderação. Espero que esteja tudo bem consigo (ou contigo) :-).
Estávamos em Maio, num dia solarengo. O cenário era uma rua, cenário de cidade, pessoas a passar, carros a transitar. Foram colocadas as personagens em cena. Nesse momento a acção concentra-se em apenas duas delas, como se o resto, à volta, ficasse escuro ou nublado. Essas duas personagens avançam ao longo da rua, em direcções opostas, cada uma delas imersa nas suas ideias e a seguir o seu destino. Já lemos alguns capítulos desta história. Temos conhecimento que aquelas personagens já se conhecem, já se cruzaram, e que, por esse motivo, a cena que se desenrola indicia que iremos presenciar o seu reencontro. Portanto, do nosso ponto de vista, tudo desenrola-se de forma normal. No entanto, à medida que a distância entre as personagens encurtece, ao ponto de possivelmente se verem uma à outra, eis que uma delas tem uma reação inesperada, um movimento que surge por instinto, quase é quase como fecharmos os olhos quando algo se aproxima das nossas pestanas. Uma das personagem rec...
Uma coisa é a solidão que é pode sentir por se estar sozinho, outra coisa é estar preso ou ligado à uma solidão quase imposta, como se fossemos constantemente relembrados de que a solidão existe e está presente para não nos deixar sós.
Há músicas cuja letra pode dizer apenas quase nada, ou pode dizer um pouco, mas ainda assim consegue ficar-nos no ouvido ou na cabeça ou onde quer que seja...outras existem que, para além de estarem em modo replay dentro de nós, dispõem ainda de uma letra que acaba por ser certeira. Esta que aqui fica talvez se enquadre mais na primeira categoria, pelo menos nesta fase. And I don't want a never ending life I just want to be alive while I'm here And I don't want to see another night Lost inside a lonely life while I'm here
Sensibilizou-me muito teu texto sobre amizade, perda... não gostaria nem quero aprofundar este assunto.
ResponderEliminarMas compreendi muito bem o que escreveste. Nunca estamos sós. Estamos sempre sós.
Ah! A música/poema é linda!
Obrigada pela partilha. E também pela tua 'amizade' a 'fragmentos culturais'.
Olá!
EliminarEste meu espaço anda meio perdido...e nem tinha reparado que havia aqui uma série de comentários a aguardar "moderação". Como se os teus comentários alguma vez pudessem ser alvo de moderação.
Espero que esteja tudo bem consigo (ou contigo) :-).