Este é o espaço fisicamente virtual onde por vezes deixo algumas conversas que tenho comigo, conversas que tenho com outras pessoas e eventualmente com ninguém. Por isso não esperem encontrar muitos diálogos propriamente ditos (ou escritos), mas essencialmente divagações ... através das quais partilho o que sinto e o que penso e o que me inquieta.
18.2 - Voices - Kovacs
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KOVACS [Sharon Kovacs]
Geralmente escolho músicas cujas letras possam ter algum significado, quer este seja mais pessoal ou não. No entanto há excepções, ou seja, músicas que até podem não nos dizer muito, mas as vozes que as cantam, e a sua sonoridade/ritmo, prendem-nos de tal forma que não conseguimos deixar de as ouvir. Um exemplo disso são as músicas desta cantora/artista, como queiram chamar, que desconhecia até recentemente. Alguns ritmos das suas músicas parecem-nos familiares, e inclusive a sua voz parece ser uma mistura de outras vozes já por nós conhecidas, mas ouvi-la cantar e ver as suas expressões faciais são uma experiência diferente...pelo menos para mim.
Nesta...se querem ir directos ao assunto...é a partir do minuto 2:32 sensivelmente...
Estávamos em Maio, num dia solarengo. O cenário era uma rua, cenário de cidade, pessoas a passar, carros a transitar. Foram colocadas as personagens em cena. Nesse momento a acção concentra-se em apenas duas delas, como se o resto, à volta, ficasse escuro ou nublado. Essas duas personagens avançam ao longo da rua, em direcções opostas, cada uma delas imersa nas suas ideias e a seguir o seu destino. Já lemos alguns capítulos desta história. Temos conhecimento que aquelas personagens já se conhecem, já se cruzaram, e que, por esse motivo, a cena que se desenrola indicia que iremos presenciar o seu reencontro. Portanto, do nosso ponto de vista, tudo desenrola-se de forma normal. No entanto, à medida que a distância entre as personagens encurtece, ao ponto de possivelmente se verem uma à outra, eis que uma delas tem uma reação inesperada, um movimento que surge por instinto, quase é quase como fecharmos os olhos quando algo se aproxima das nossas pestanas. Uma das personagem rec...
Uma coisa é a solidão que é pode sentir por se estar sozinho, outra coisa é estar preso ou ligado à uma solidão quase imposta, como se fossemos constantemente relembrados de que a solidão existe e está presente para não nos deixar sós.
Há músicas cuja letra pode dizer apenas quase nada, ou pode dizer um pouco, mas ainda assim consegue ficar-nos no ouvido ou na cabeça ou onde quer que seja...outras existem que, para além de estarem em modo replay dentro de nós, dispõem ainda de uma letra que acaba por ser certeira. Esta que aqui fica talvez se enquadre mais na primeira categoria, pelo menos nesta fase. And I don't want a never ending life I just want to be alive while I'm here And I don't want to see another night Lost inside a lonely life while I'm here
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