Agulha no palheiro ... Patrick Watson - Lighthouse
Achar-te terá outrora sido como encontrar uma agulha num palheiro. Foi obra do acaso, foi obra das palavras e dos sons de vozes envolvidas em instrumentos que resultavam em algo novo, agradável ao ouvido, uma porta de entrada. Repetir tal "proeza" soa a tarefa árdua, pois quando há coisas que parecem resultar dos desígnios do destino, do acaso, é difícil, ou arrisco a dizer impossível ou praticamente impossível, conseguirmos que algo semelhante volte a acontecer pois quando existem variáveis sobre as quais temos pouca influência, o resultado final pode ser inconclusivo.
Por vezes penso que te vais indo aos poucos, lentamente, ou quase de um momento para o outro, ou em espaços de tempo que nem me recordo ou nem me apercebi....pois o tempo passa e eu, que era eu, se calhar já não sou eu, ou tu, que eras tu, se calhar já não és tu. Somos talvez apenas versões diferentes de nós próprios. Todavia isso deve ser visto apenas como uma mais valia, já que o importante é manter a alma e evoluir a nossa personalidade, adaptar-nos ao mundo, não ficar inertes, presos ao chão como uma estaca, a fazer as vezes de um espantalho que assiste, indiferente, ao mundo em seu redor.
Não se procura uma agulha num palheiro, mas encontramos uma no palheiro :-)
ResponderEliminarGeralmente não :-P, mas pronto. É daquelas expressões do quotidiano que serve para o que serve e serviu para o propósito do texto.
EliminarFiquei sem perceber da importância do outro em mim, ou da sua (nossa) adaptabilidade! Mas gostei muito da forma como está escrito. Gosto muito desta prosa... E também gostei da música :)
ResponderEliminarHugs