Enquanto vivemos o presente
Enquanto vivemos o presente, nem sempre pensamos como será recordar esse presente num futuro a curto, médio ou longo prazo. Vivemos o presente pensando que estamos a vive-lo da melhor forma possível [mesmo sabendo que há coisas que poderiam estar melhores, pois como humanos que somos, raramente estamos satisfeitos com o que temos, e isso é um erro que cometemos, e infelizmente só nos lembramos disso quando vemos algo ou alguém em pior situação que nós], pensamos que estamos a fazer as coisas certas e da forma mais correcta possível, pensamos que estamos a receber e a retribuir aquilo que precisamos uns dos outros [e aquilo que precisamos por vezes não é muito, é somente um simples aceno, um sorriso, um sinal que nos indique que não estamos sós e que fazemos parte dos bons pensamentos e intenções de quem convive connosco] e que temos alguém que pensa em nós, que vive de nós e para nós, e que nos motiva a fazer o mesmo.
Como acontece com todos nós, somos levados nas ondas do tempo. Muitas vezes foram aquelas que já referi que ele não pára (o tempo) e ao longo do percurso é normal que as mudanças aconteçam. Quando elas acontecem, sabemos que isso afecta vários níveis da nossa vida, da nossa existência, quer seja a nível pessoal, física e psicologicamente, quer seja a um nível externo, mudando o mundo que nos rodeia e as relações entre nós e as outras pessoas, a relação entre nós e o mundo físico, o cenário das nossas vidas. Mudamos os nossos comportamentos, mudamos os nossos hábitos, mudamos as nossas crenças, e tudo isso porque somos seres em constante transformação, sempre no intuito de estar a evoluir para melhor, pois regredir não serve de muito, pelo menos quase na totalidade dos casos.
Numa espécie de retrospectiva misturada com uma análise ao presente, em jeito de comparação, são inúmeros os sentimentos que despertam (e vão despertando) em mim, e tudo isso porque vejo que afinal (ou talvez) o passado, que já foi presente, não tenha sido vivido da melhor forma possível ou da forma mais correcta como outrora parecia ser. Claro que não quero com isto dizer que era um passado que recusaria ou um passado que me arrependa hoje, pois não me arrependo nada de o ter vivido, apenas estava a recordar momentos/situações menos boas. Estar insatisfeito com parte do passado faz-me sentir culpado, e embora saiba que não posso acarretar a totalidade desse fardo, dessa culpa, que me deixa um nó na garganta e um ardume nos olhos, não a consigo deixar de sentir, sobretudo quando a confirmação dessa culpa, ou parte dela, surge sob a forma de palavras que magoam (mesmo que não sejam essa a sua intenção) e deixam-me sem fôlego, sem capacidade de resposta, porque essas palavras são como uma cascata que cai sobre uma fogueira. A chama, que seria a resposta, simplesmente apaga-se porque há fogos que não valem a pena alimentar. Quando se trata da interacção entre pessoas, sejam elas duas ou mais, há que ver que qualquer uma das partes assume a sua parte preponderante na relação, quer esta seja de amizade, familiar, profissional ou outra.
Deixar alguém vazio e à procura de um ombro amigo onde possa chorar, que não o nosso, quando na realidade não era esse o objectivo, nem nunca haveria de ser, antes pelo contrário, é algo que visto mais tarde, num futuro que agora é o presente por exemplo, é revoltante, envergonhante e desmotivante [no que respeita à própria auto-estima de quem não queria que isso acontecesse ou não queria deixar que isso acontecesse] para quem faz a análise do tempo passado. É revoltante porque sabemos que não há maneira de conseguir voltar atrás no tempo e fazer as coisas de outra maneira, voltar atrás no tempo e reparar tais feridas, eliminar os caminhos que fazem com que nos dias de hoje esses pensamentos menos positivos estejam presentes presentes porque são recordados e são recordados porque existiram. É envergonhante porque é o mesmo que saber que quando éramos precisos talvez não estivássemos lá, ou vice-versa, e talvez naquela altura, convencidos de se estar a fazer as coisas certas, tínhamos os sentido enevoados e não fomos capazes de ver as coisas com mais clareza e assim não fomos capazes de tomar as decisões que deviam ser tomadas. É desmotivante porque sei que não era isso o pretendido e olhando para mim, para dentro de mim, vejo o meu coração escurecido e embaraçado porque ele sente que falhou alguns objectivos da sua lista, mesmo que essas falhas não tenham sido longas ou contínuas, ele sente que falhou.
Enfim, sabemos que será sempre assim, que o presente, amanhã será um passado e por isso resta-nos, na condição de sabermos que não somos perfeitos, que temos de aprender com os nossos erros, com as nossas falhas e defeitos, tentar fazer os possíveis e impossíveis para conseguir sarar as feridas que ainda mostram cicatrizes (e por isso são mais facilmente recordadas) e conseguir proteger-nos ou vacinar-nos contra eventuais futuras lesões. Que no dia de amanhã sejam apenas recordados os bons momentos, as virtudes e não os defeitos.
Hoje, e quero que assim seja para sempre, há mais luz. É essa luz que terá me me guiar, e também a quem está comigo, ao longo desta vida que espero longa, e pelos caminhos que todos os dias surgirão, assim como já tem acontecido, fazendo com que as adversidades encontradas tenham sido ultrapassadas e que a tristeza das recordações das possíveis e supostas falhas sejam esquecidas e sobrepostas pela alegria e plenitude daquilo que é sentir quando se gosta, quando se ama, quando se ama de tal forma que é difícil encontrar os gestos que o consigam exprimir ou as palavras que o consigam dizer sem que o sentimento se torne banal e vazio de sentido. Talvez o amor não se exprima, talvez o amor se viva.
Como acontece com todos nós, somos levados nas ondas do tempo. Muitas vezes foram aquelas que já referi que ele não pára (o tempo) e ao longo do percurso é normal que as mudanças aconteçam. Quando elas acontecem, sabemos que isso afecta vários níveis da nossa vida, da nossa existência, quer seja a nível pessoal, física e psicologicamente, quer seja a um nível externo, mudando o mundo que nos rodeia e as relações entre nós e as outras pessoas, a relação entre nós e o mundo físico, o cenário das nossas vidas. Mudamos os nossos comportamentos, mudamos os nossos hábitos, mudamos as nossas crenças, e tudo isso porque somos seres em constante transformação, sempre no intuito de estar a evoluir para melhor, pois regredir não serve de muito, pelo menos quase na totalidade dos casos.
Numa espécie de retrospectiva misturada com uma análise ao presente, em jeito de comparação, são inúmeros os sentimentos que despertam (e vão despertando) em mim, e tudo isso porque vejo que afinal (ou talvez) o passado, que já foi presente, não tenha sido vivido da melhor forma possível ou da forma mais correcta como outrora parecia ser. Claro que não quero com isto dizer que era um passado que recusaria ou um passado que me arrependa hoje, pois não me arrependo nada de o ter vivido, apenas estava a recordar momentos/situações menos boas. Estar insatisfeito com parte do passado faz-me sentir culpado, e embora saiba que não posso acarretar a totalidade desse fardo, dessa culpa, que me deixa um nó na garganta e um ardume nos olhos, não a consigo deixar de sentir, sobretudo quando a confirmação dessa culpa, ou parte dela, surge sob a forma de palavras que magoam (mesmo que não sejam essa a sua intenção) e deixam-me sem fôlego, sem capacidade de resposta, porque essas palavras são como uma cascata que cai sobre uma fogueira. A chama, que seria a resposta, simplesmente apaga-se porque há fogos que não valem a pena alimentar. Quando se trata da interacção entre pessoas, sejam elas duas ou mais, há que ver que qualquer uma das partes assume a sua parte preponderante na relação, quer esta seja de amizade, familiar, profissional ou outra.
Deixar alguém vazio e à procura de um ombro amigo onde possa chorar, que não o nosso, quando na realidade não era esse o objectivo, nem nunca haveria de ser, antes pelo contrário, é algo que visto mais tarde, num futuro que agora é o presente por exemplo, é revoltante, envergonhante e desmotivante [no que respeita à própria auto-estima de quem não queria que isso acontecesse ou não queria deixar que isso acontecesse] para quem faz a análise do tempo passado. É revoltante porque sabemos que não há maneira de conseguir voltar atrás no tempo e fazer as coisas de outra maneira, voltar atrás no tempo e reparar tais feridas, eliminar os caminhos que fazem com que nos dias de hoje esses pensamentos menos positivos estejam presentes presentes porque são recordados e são recordados porque existiram. É envergonhante porque é o mesmo que saber que quando éramos precisos talvez não estivássemos lá, ou vice-versa, e talvez naquela altura, convencidos de se estar a fazer as coisas certas, tínhamos os sentido enevoados e não fomos capazes de ver as coisas com mais clareza e assim não fomos capazes de tomar as decisões que deviam ser tomadas. É desmotivante porque sei que não era isso o pretendido e olhando para mim, para dentro de mim, vejo o meu coração escurecido e embaraçado porque ele sente que falhou alguns objectivos da sua lista, mesmo que essas falhas não tenham sido longas ou contínuas, ele sente que falhou.
Enfim, sabemos que será sempre assim, que o presente, amanhã será um passado e por isso resta-nos, na condição de sabermos que não somos perfeitos, que temos de aprender com os nossos erros, com as nossas falhas e defeitos, tentar fazer os possíveis e impossíveis para conseguir sarar as feridas que ainda mostram cicatrizes (e por isso são mais facilmente recordadas) e conseguir proteger-nos ou vacinar-nos contra eventuais futuras lesões. Que no dia de amanhã sejam apenas recordados os bons momentos, as virtudes e não os defeitos.
Hoje, e quero que assim seja para sempre, há mais luz. É essa luz que terá me me guiar, e também a quem está comigo, ao longo desta vida que espero longa, e pelos caminhos que todos os dias surgirão, assim como já tem acontecido, fazendo com que as adversidades encontradas tenham sido ultrapassadas e que a tristeza das recordações das possíveis e supostas falhas sejam esquecidas e sobrepostas pela alegria e plenitude daquilo que é sentir quando se gosta, quando se ama, quando se ama de tal forma que é difícil encontrar os gestos que o consigam exprimir ou as palavras que o consigam dizer sem que o sentimento se torne banal e vazio de sentido. Talvez o amor não se exprima, talvez o amor se viva.
Querido Amigo
ResponderEliminarEis mais um texto subtil. Íssimo.
Não sei se carregas fardos pelo passado por algo que não fizeste, ou se deixaste alguém à espera do teu ombro ou vazio. Temos sempre de ver se a atitude foi intencional ou provocada pelo(s) outro(s).
Depois discorres sobre o teu passado/presente numa maneira em que não inquietas quem te lê, como se um sentimento neutro, um mar calmo que espelha o passado e presente sem deixar grandes ondulações na barca de quem passa, de quem te lê. Como que uma leitura entre o pacificado e o neutro, nao obstante o penmdro introspectivo.
Ler-te é simplesmente qualquer coisa. Vou confessar-te uma coisa: és dos blogues, se nao mesmo o blogue, que leio com prazer e gosto imenso na escrita. Primeiro porque falas de ti numa dádiva e partilha em tons de beleza que eu nao conseguiria. Depois porque revelas sensibilidade. Imensa. E a sensibilidade, a ternura e a inteligência, mas sempre acompanhada pela sensibilidade, são atributos que mais aprecio.
Quando há dias por ocasião do premio LObinho por ter feito um ano de blogue, destaquei 3 blogues de leitura obrigatória por motivos diferentes, sendo que um deles seria o teu. Já muito depois apercebi-me que não tinha posto o teu, e nao valia fazer batota reeditando o post. Mas o teu É de leitura obrigatoria e quero que vás buscar o prémio se me concederes essa honra. Antes de mais porque eras para estar emncionado no proprio premio e no blogue em destaque do premio, e depois porque o premio também é dirigido a quem me lê, mesmo que nao me comente.
Acredita que nao faço elogios gratuitos, e se tranto falo de ti, em ti, é porque cativas imenso, tanto que estás convidado para um café ou o que queiras ;) quando quiseres. valeria a pena conhecer-te pessoalmente só pelo que te leio. (Nesse aspecto também noutras pessoas, mas algumas ja conheço).
Parabéns pela forma como te dás, querido amigo, e se responderes às perguntas que fiz e muitos ja responderam e outros levaram mesmo sem estarem mencionados dado que o premio é para quem por la passa também, ficarei a conhecer so um pouquinho mais de ti, mas ainda a ssim a saber mais qualquer coisa tua.
Das-te. E das-te com uma naturalidade e serenidades surpreendentes. Sei que nao serás talvez sempre assim, mas no blogue e no que escreves és divino...
Também tens fragmentos de mim... e embora nao saiba o teu nome, deixo-te mais, muito mais, do que fragmentos de mim.
Um abraço com os dois abraços
Voltei :)
ResponderEliminar.
Um blog renovado para breve.
.
(continuas a escrever imenso hehe, boa! Gosto de te ler)
.
Fica atenta
.
Espero que estejas bem :)
Não há acasos...
ResponderEliminarOs caramelos colam-se aos dentes...
Brutal a coincidência à qual pelos vistos, já somos dois a dar outro nome.
Parabéns pelo texto, pela consciência da Luz, e sobretudo, como diz Osvaldo Montenegro "Porque metade de mim é amor...e a outra metade TAMBÉM!"