O turno do sol

Sobre os braços abertos, as mãos dadas e os dedos cruzados, deito-me e olho para o céu viajando ao som das ondas pelos instantes de ontem, pelos instantes de hoje e imaginando os instantes de amanhã. Faço uma pausa e absorvo os últimos raios que o sol tem para oferecer no final do seu turno. O mar não fez uma pausa e continua incansável no seu jogo com a areia, indeciso se há-de ficar ou se há-de ir.

Estou cansado do dia de hoje, dos dias antes do dia de hoje e aproveito a voz das gaivotas para dar asas ao que me cansa e deixar-me continuar a minha viagem...

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