Num piscar de olhos
Num piscar de olhos tudo pode acontecer e nada mudar e também pode não acontecer nada e tudo mudar.
Pode ser a diferença entre o existir e o não existir.
É o tempo suficiente para o pássaro bater as suas asas e levantar voo da minha mão a partir para parte incerta, deixando nada mais do que um sentimento vazio, um sentimento vazio que é capaz de encher todo o corpo, todo o olhar, toda a alma. De deixar o olhar aquecer ao ponto de derreter gotas de vazio que formam rios silenciosos que caem desaparados.
É o tempo suficiente para um sorriso inverter-se.
É o tempo suficiente para inverter o olhar e tentar avistar o coração, ver o que lá está, o que já lá esteve, o que poderá lá estar, mas mesmo assim, não é tempo suficiente para sabermos onde está a verdade, onde está a razão, porque por vezes, nesse piscar de olhos. olhamos cá para dentro e queremos ter mais tempo para acender a lanterna e olhar para todos os cantos e confirmar se está tudo em ordem. Para encontrar a serenidade da noite inundada pela luz das estrelas e pelo cantar dos grilos aqui e acolá, desbravando caminhos no meio de uma tempestade que não se vê, não se ouve, mas sente-se, na tentativa de arranjar um abrigo e no entanto tudo o que se vê é um enorme ermo que nem sequer a toca de uma árvore tem para oferecer, um local onde não há nada para controlar, não há nada para tocar, porque tudo já não é aquilo que foi e há que encontrar um sentido de orientação. Talvez num piscar de olhos mais prolongado, em que o tempo passado no escuro parece uma eternidade e ao mesmo tempo é como se o dia já tivesse nascido. Já tivesse nascido naquele piscar de olhos.
Fica aqui uma música excelente para se ouvir num piscar de olhos prolongado!
Craig Armstrong e Liz Fraser - "This Love"
Pode ser a diferença entre o existir e o não existir.
É o tempo suficiente para o pássaro bater as suas asas e levantar voo da minha mão a partir para parte incerta, deixando nada mais do que um sentimento vazio, um sentimento vazio que é capaz de encher todo o corpo, todo o olhar, toda a alma. De deixar o olhar aquecer ao ponto de derreter gotas de vazio que formam rios silenciosos que caem desaparados.
É o tempo suficiente para um sorriso inverter-se.
É o tempo suficiente para inverter o olhar e tentar avistar o coração, ver o que lá está, o que já lá esteve, o que poderá lá estar, mas mesmo assim, não é tempo suficiente para sabermos onde está a verdade, onde está a razão, porque por vezes, nesse piscar de olhos. olhamos cá para dentro e queremos ter mais tempo para acender a lanterna e olhar para todos os cantos e confirmar se está tudo em ordem. Para encontrar a serenidade da noite inundada pela luz das estrelas e pelo cantar dos grilos aqui e acolá, desbravando caminhos no meio de uma tempestade que não se vê, não se ouve, mas sente-se, na tentativa de arranjar um abrigo e no entanto tudo o que se vê é um enorme ermo que nem sequer a toca de uma árvore tem para oferecer, um local onde não há nada para controlar, não há nada para tocar, porque tudo já não é aquilo que foi e há que encontrar um sentido de orientação. Talvez num piscar de olhos mais prolongado, em que o tempo passado no escuro parece uma eternidade e ao mesmo tempo é como se o dia já tivesse nascido. Já tivesse nascido naquele piscar de olhos.
Fica aqui uma música excelente para se ouvir num piscar de olhos prolongado!
Craig Armstrong e Liz Fraser - "This Love"
Num piscar de olhos...os prolongados ficam em boa companhia com a música "This Love" como tu dizes, os restantes por serem tão breves talvez pecam por isso, acabam por ser esquecidos no meio de tantos outros piscar de olhos. Um segundo é tempo suficiente para nos não fazer esquecer?
ResponderEliminar*Hugs n' smiles*
Carlos