Philippe Jaroussky
Naqueles momentos senti-me minúsculo como uma formiga, insignificante como um fio de cabelo e transparente como um vidro, mas mesmo assim senti-me vivo! Senti-me vivo porque o que me fazia sentir pequeno e invisível não era aquilo que me fazia sentir bem, não era aquilo que faz parte do grupos de coisas que para mim constituem motivos, razões, âncoras para permanecer nos portos da vida. Por vezes, basta estar perante algo que me leva para um outro lugar, tão distante e tão próximo das portas do mundo cujo chão piso todos os dias, um lugar físico e ao mesmo tempo um lugar que não existe, mas que se sente e se vive. Vive-se porque naquele momento somos capazes de acreditar, valorizar e transformar o talento dos outros em algo que nos dá prazer, algo que nos enche a alma e nos fazem sentir gigantes. Gigantes porque precisamos de todo esse espaço para armazenar aqueles sentimentos que nos enchem e se expandem durante aqueles momentos. Mesmo que sejam apenas por uns minutos ou um par de h...